Classe política se mobiliza para cobrar solução em rodovia

A preocupação com os pedágios no trecho da rodovia Br-163/364, no trecho entre as cidades de Rondonópolis a Cuiabá, aliado a má qualidade do asfalto, a precária sinalização e a falta de duplicação, aos poucos começa a mobilizar a classe política em várias esferas do Poder.
Em Rondonópolis, por exemplo, o assunto está sendo questionado na Câmara de Vereadores, os parlamentares Carlos Vanzeli (PDT) e Ibraim Zaher (PSD) já declararam que vão ao Ministério Público Federal (MPF) questionar a cobrança.
Na esfera do município o coordenador municipal do Procon, o ex-vereador José Ferreira Lemos Neto, o Juca Lemos, também acena por uma ação na Justiça contra a cobrança do pedágio no trecho.
Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o assunto também ganhou holofotes. O deputado estadual Max Russi (PSB)também se manifestou e destacou os problemas principalmente no trecho da cidade de Jaciara onde tem base eleitoral.
No entanto, a manifestação mais pesada,com relação ao pedágio, partiu do senador José Medeiros (PPS), pois o mesmo é profundo conhecedor do trecho entre Rondonópolis a Cuiabá, pois antes de ser senador foi Policial Rodoviário Federal. Medeiros chegou a afirmar que o pedágio sem a duplicação da rodovia pode ser comparado como golpe.
“Por isso, também como usuário da rodovia, fiz uma representação junto a Procuradoria Geral da República, no Ministério Público Federal, Procon e também farei, em Brasília, na Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor, para que providencias sejam tomadas imediatamente”, destacou.
Medeiros ainda apresentou uma documentação sobre a atual situação da rodovia. “Entregamos um pequeno dossiê com fotos da precária condição da via e demais itens de segurança para os condutores, e solicitamos formalmente urgência no andamento das obras de duplicação e recomposição do pavimento da BR 163/364, sobretudo no trecho após Rondonópolis, até Sinop, onde já está sendo cobrado pedágio, no entanto, a pista está praticamente inviabilizada por falta de condição de trafegabilidade e sobretudo de segurança”,disse.
Somente neste trecho entre as cidades de Rondonópolis e Cuiabá são três praças de pedágios, mas o que chama a atenção é a qualidade do asfalto nos trechos pedagiados. Além da maior parte do trajeto estar em pista única, há muitos buracos e falhas nas sinalizações, fora isso, a rodovia vive uma constância quase que diária de acidentes.
Para muitos esse trecho entre a capital e maior cidade do interior do Estado é chamado de “rodovia da morte”.
O pedágio começou a ser cobrado no ano passado, e mesmo após a cobrança foram poucas as mudanças na pista e na duplicação da rodovia.