ECONOMIA

18 maneiras de poupar dinheiro em casa

Quem cuida do orçamento doméstico sabe que esta é uma tarefa complexa. Alguns economistas afirmam que dá tanto trabalho quanto o de uma multinacional.“Apesar das proporções, a dinâmica é a mesma: precisa haver equilíbrio entre receita e despesa”, explica o presidente do conselho de administração da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), José Piccin. Segundo ele, assim como em uma empresa, o objetivo é atingir o superávit – ter mais dinheiro do que despesas para investir em outras áreas.
Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas aponta que a família brasileira gasta 30% da renda com habitação, 25% em alimentação, 12% em saúde e cuidados pessoais, 8% em educação, 15% em transporte, 5% em vestuário e despesas diversas. Onde cortar gastos, então? “O segredo está nos detalhes. Neles se escondem os ralos que escoam o dinheiro e poderia ser guardado”, ensina o assistente de direção do Procon de São Paulo, Diógenes Donizete. É preciso seriedade para encarar as contas.
E para aquelas que gostam de comprar a prazo, José Piccin ensina que a armadilha é a taxa de juros do cheque especial e das financeiras. “Em menos de um ano, as tarifas se transformam em dívida e implode as finanças da família. Comprar não é ruim. É bom. Dá prazer. O erro é se endividar para satisfazer uma vontade, um capricho”, completa Diógenes Donizete.
Veja as dicas e ponha em prática algumas mudanças simples para fazer o dinheiro render:

1. Refaça o orçamento da casa
Não é fácil, mas explique a todos que é necessário abrir mão de algumas coisas. Se você convencer seu filho de que o dinheiro que ele desembolsa em baladas pode retornar de maneira mais produtiva no futuro, como uma viagem ou mesmo aquele carro que você promete há anos, será uma vitória.

2. Para onde vai seu dinheiro?
Saber de que forma ele está sendo gasto é de crucial importância. Por isso, peça para toda a família colocar as despesas no papel, até mesmo miudezas como o cafezinho do marido e os lanchinhos dos filhos na escola.
Você vai se surpreender. Segundo o economista e professor da Fundação Getúlio Vargas, Luis Carlos Ewald, é possível economizar com gastos supérfluos até 30% no final do mês. Portanto, se sua família tem uma renda mensal de R$ 5 mil, isso equivaleria a R$ 1.500.

3. Eu preciso ou eu quero?
A resposta pode fazer toda a diferença. Querer é bom, e frustrar um desejo pode ser muito ruim. Porém, evite comprar por impulso ou para melhorar o astral. Sair da loja com o sapato é ótimo, mas estourar o cartão só vai criar um novo problema.

4. Fuja dos modismos
O celular do último tipo, a tevê de plasma, a máquina fotográfica digital e a panela elétrica que não faz sujeira, mas assa, grelha, cozinha e só falta falar com você. Esses são “brinquedinhos” que, quando lançados, custam o preço da moda.
Esperar alguns meses pode fazer toda a diferença. E como as novidades no mercado tecnológico duram muito pouco, basta surgir algo novo para que o “velho” saia pela metade do preço.

5. Compras só com o estômago cheio
Não vá às compras no supermercado com fome. Senão, com certeza, você vai colocar muito mais guloseimas no carrinho. E se estiver com pressa, deixe para depois. Assim, poderá comparar os preços com tranqüilidade e fazer boas escolhas.

6. Economia nas lâmpadas
Troque as comuns pelas fluorescentes compactas. Elas duram mais, despende menos energia e você ainda cuida do meio ambiente. Também não as deixe acesas quando ninguém estiver no local.

7. Um carro é uma família
Isso é uma verdade. Segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), um veículo de R$ 25 mil – mesmo coberto com uma lona e guardado na garagem – vai custar R$ 300 ao mês.
Isso considerando o valor do IPVA, manutenção, parcela de seguro, entre outros. Agora imagine esse carro rodando? Gasolina, manutenção, estacionamento, flanelinhas… Então, pense bem antes de adquirir o segundo carro.

8. Para todos os paladares
Seja flexível. Por exemplo, substitua alguns alimentos mesmo que você esteja acostumada com algum em particular. Se a alface estiver cara, leve acelga, e assim por diante. Além de economizar, você diversifica o cardápio.

9. Desconfie sempre
Procure pelas frutas, verduras e legumes da época. Elas costumam sair mais em conta. Mas evite baciadas em oferta. Um produto barato pode estar passando do tempo e você arrisca perder boa parte.

10. Na hora da “chepa”
Tente não ir cedo à feira. Antigamente, quando ela estava no fim, só restavam alimentos sem qualidade. Hoje, no entanto, frutas e verduras não estão tão diferentes em relação ao início. Você consegue adquirir o mesmo produto com um preço bem mais baixo.

11. Nada de desperdício
Seja sistemática com o uso de água. Primeiro, molhe a louça, depois, feche a torneira e ensaboe tudo. Regule o número de vezes em que a calçada é lavada. Você pode aproveitar a água da máquina para lavá-la. E seja drástica com os vazamentos: uma torneira pingando desperdiça mais de 40 litros de água por dia (mais de 1.200 litros por mês).

12. No ponto certo
Vamos combinar que tomar banho frio é uma tarefa árdua. Mas podemos chegar num meio termo e deixar a água morna. Além de gastar menos energia, os dermatologistas sempre dizem que é melhor para a pele. O chuveiro elétrico na “posição verão” consome perto de 40% menos energia do que na “posição inverno”. Outra alternativa é substituir o elétrico pelo a gás.

13. Recicle sua comida
Até 30% dos alimentos comprados numa casa vão para o lixo. O desperdício está ligado à falta de costume das pessoas em planejar a alimentação. Além de comprar uma quantidade maior do que a necessária para o consumo, muitos ainda deixam de aproveitar os alimentos integralmente.
Aquela sobra de arroz do jantar pode ser um delicioso bolinho no almoço. E os legumes que restaram de uma salada podem virar uma suculenta sopa para os dias mais frios quando cozidos com carne.
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14. Freezer abastecido
Caso encontre carnes em promoção (e se tiver freezer suficiente para estocá-las), aproveite para consumir uma quantidade maior do que está acostumada. Na semana seguinte, quando tiver que comprar mais, certamente não encontrará a mesma oferta.

15. Num clima mais romântico
Diminua pontos de luz e lustres com muitas lâmpadas. Opte por um ambiente à meia-luz ou prefira janelas abertas, vidros transparentes e sem cortinas pesadas, aproveitando melhor a claridade do dia. No caso de corredores ou hall de entrada, opte por sensores de presença.

16. Fique de olho nas promoções e aproveite-as
Se você adora falar ao telefone, além de abreviar as conversas, uma alternativa é fazer uso dos horários de tarifas menores para as ligações, principalmente os interurbanos.
Informe-se com a operadora qual o critério para os horários à noite, aos sábados após as 14 horas e aos domingos e feriados. Verifique por quantos minutos é cobrado um impulso. Administre esse tempo e os múltiplos dele.

17. Detalhes que fazem a diferença
Se não for usar o computador por alguns minutos, desligue sua tela, pois ela consome muita energia. O mesmo vale para outros aparelhos como televisão, rádio relógio, vídeo cassete e DVD.

18. Conserte ao invés de trocar
A resistência do chuveiro queimou, o cabo do ferro de passar quebrou ou o fusível do microondas pifou? Defeitos simples como esses podem ser facilmente resolvidos numa assistência técnica e custam uma fração do preço de produtos novos. Não use um defeito corriqueiro como desculpa para comprar um eletrodoméstico novo.
Texto: Adriana Cruz
Fonte:Portal do Est. De Mato Grosso

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