Em reunião vazia, senador de MT apoia Dilma
Em meio desembarque do PMDB do apoio ao governo federal, o que em tese favorece o andamento do processo de impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT), o senador mato-grossense Welington Fagundes (PR) foi um dos únicos cinco senadores que participou de uma reunião emergencial convocada na segunda-feira (28) pelo ministro da secretaria de governo, Ricardo Berzoini. Conforme publicado pelo site da revista Veja, a reunião de líderes do Senado foi esvaziada no Palácio do Planalto.
Apenas cinco senadores compareceram, três deles do PT. Além dos petistas, participaram do encontro Vanessa Grazziotin (PC do B-AM) e Wellington Fagundes (PR-MT).
O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), foi um dos ausentes. Integrantes de outros partidos da base aliada como o PDT, o PP e o PR também não compareceram. O grande temor do governo é que a decisão do PMDB cause uma debandada e faça com que as outras legendas também optem por abandonar o governo.
Nas últimas semanas, o senador Welington Fagundes tem evitado comentar publicamente o andamento do processo de impeachment, permanecendo “em cima do muro”. No entanto, nos bastidores, age contrário ao fim do mandato presidencial de Dilma Rousseff tentando unificar a bancada do PR no Senado e Câmara dos Deputados pela rejeição.
Diante da pressão popular, um outdoor foi espalhado em Cuiabá questionando a contrariedade de Welington Fagundes em rejeitar o impeachment juntamente com os deputados federais Ságuas Moraes (PT), Carlos Bezerra (PMDB), Valtenir Pereira (PMDB) e Fábio Garcia (PSB). Fagundes entrou na Justiça para impedir sua exibição, mas o pedido já foi negado.
Com a saída do PMDB da base de apoio do governo federal, sete ministérios ficarão vagos. A presidente Dilma Rousseff tem sido orientada a destinar os cargos aos partidos com poder de influência para barrar o impeachment como o PR, PSD e PRB.
RAFAEL COSTA
