Enfermeiros recebem treinamento sobre teste rápido para diagnóstico de HIV

Treinar enfermeiros das Unidades Básicas de Saúde implantadas na atual gestão, para saberem realizar o teste rápido para diagnóstico do vírus HIV e triagem das hepatites ‘B’ e ‘C’ e sífilis. Essa é a proposta da equipe do Serviço de Atendimento Especializado – SAE que começou nesta terça-feira (10) o curso de capacitação dos profissionais. Com a iniciativa a administração municipal atende a determinação do Ministério da Saúde para as cidades que aderiram ao Programa Rede Cegonha.
Cristina Pereira da Silva – gerente técnica do Programa DST/Aids no Município – explica que a recomendação do Governo Federal é que todos os enfermeiros que vão atuar nas unidades de saúde devem ser capacitados com aulas teóricas e práticas. Desta vez são treinados 15 profissionais, sendo 12 dos novos postos implantados na cidade, 3 da Santa Casa de Misericórdia e 1 da cadeia pública local. O curso preparatório prossegue na quarta e quinta-feira (12 e 13), no período das 13 às 17 horas.
As aulas práticas e teóricas são ministradas pela gestora, a psicóloga Josiane Souza Nascimento e a bioquímica Tânia Mara Santos, ambas da equipe do SAE. Cristina Pereira explica que os conhecimentos adquiridos pelos profissionais são avaliados em provas aplicadas no final do curso. Depois de treinados, os enfermeiros ficam responsáveis pelas ações da Rede Cegonha que tem a meta de fazer o teste rápido de HIV em todas as gestantes e parceiros para dar início à realização do pré-natal.
Cristina Pereira conta que o Ministério da Saúde considera a possibilidade de pessoas de outros grupos sociais contraírem o vírus HIV e orienta que o atendimento com o teste rápido é extensivo aos demais segmentos da população em situação de vulnerabilidade. “Todos nós estamos vulneráveis. Portanto, o teste é oferecido às pessoas que avaliam o risco de contaminação”, informa.
Incidência
O principal interesse da equipe técnica da Secretaria de Saúde é conseguir diminuir a incidência de casos da Aids em Rondonópolis. Levantamentos recentes mostram que a cidade registra a média de 20 casos novos da doença por mês. A maioria é em homens e mulheres acima de 30 anos que são diagnosticados depois de estarem doentes.
A gerente Cristina Pereira lamenta o fato das pessoas deixarem de acessar as políticas públicas de prevenção contra a Aids e diagnóstico precoce com o teste rápido do HIV. Ela conta que devido a essa conduta, a maioria dos casos é diagnosticada junto ao Pronto Atendimento – PA e ao Hospital Regional.
Na opinião da gestora, o ideal seria fazer o diagnóstico do HIV nas Unidades Básicas de Saúde e evitar as complicações com doenças graves, o sofrimento do paciente e da família, além do alto custo da saúde pública. “O ideal é que as pessoas saibam se prevenir com o uso de camisinha e se passaram por uma situação de risco, devem procurar um posto de saúde para descobrir o HIV antes de adoecer e comecem a fazer o tratamento”, recomenda.