POLÍTICA

Bolsonaro aproveita discurso na ONU para fazer campanha eleitoral

O presidente Jair Bolsonaro (PL) transformou hoje a tribuna da ONU (Organização das Nações Unidos) em palanque eleitoral ao atacar o adversário nas urnas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), citar atos em favor da sua candidatura à reeleição no 7/9 e abordar temas como corrupção na Petrobras e preço dos combustíveis.

O chefe do Executivo nacional fez um discurso de 20 minutos na abertura da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, dias depois de ter recebido críticas por usar o funeral da rainha Elizabeth 2ª para fazer campanha.

Sem fazer menção nominal ao ex-presidente Lula, Bolsonaro citou os escândalos de corrupção envolvendo a Petrobras, estatal de maior projeção no mercado internacional, e declarou que "o responsável por isso foi condenado em três instâncias".

O postulante à reeleição omitiu, no entanto, que as sentenças foram derrubadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Por esse motivo, o petista não responde criminalmente e está elegível. O ex-presidente foi condenado em dois processos em 1ª e 2ª instâncias —no caso do tríplex do Guarujá, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) manteve a condenação, reduzindo a pena. No entanto, as penas foram extintas por decisão da última instância (isto é, do Supremo). Acusado em outros três casos, Lula foi absolvido.

O petista não tem condenação com trânsito em julgado, ou seja, quando não é possível mais apresentar recursos.

COMBUSTÍVEIS
Assim como tem feito durante as atividades de campanha eleitoral pelo Brasil, Bolsonaro tentou dar ênfase aos esforços do governo a fim de conter a alta do preço dos combustíveis. Segundo ele, desde junho, o valor cobrado pela gasolina "caiu mais de 30%".

"Hoje, um litro no Brasil custa cerca de US$ 0,90. O preço da energia elétrica também teve uma queda de mais de 15%. Quero ressaltar que o custo da energia não caiu por causa de tabelamento de preços ou qualquer outro tipo de intervenção estatal. Foi resultado de uma política de racionalização de impostos formulada e implementada com o apoio do Congresso Nacional.".

Conforme é tradição na Assembleia Geral da ONU, o presidente brasileiro foi o primeiro chefe de Estado a falar no evento, na sede do órgão, em Nova York.

Ele estava acompanhado da primeira-dama, Michelle e dos ministros da Casa Civil, Ciro Nogueira, e das Relações Exteriores, Carlos França.

 

Da Redação (com informações do UOL)

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