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Principais lojas da cidade não vencem procura por ar-condicionado e venda do produto se torna recorde em 2014

O rondonopolitano nunca sentiu tanto calor. A prova desta afirmação não vem apenas com a média das temperaturas das últimas semana, por volta de 40º, com sensações térmicas ainda maiores, na maior parte do dia. Outro fator específico tem mostrado que a intolerância ao calor tem feito inclusive muita gente por a mão no bolso e investir em um ambiente mais refrescado para aumentar sua qualidade de vida. A compra por aparelhos de ar-condicionado nunca foram tão grandes, segundo gerentes das principais redes de lojas ouvidas pelo Folha Regional na reportagem especial desta semana, e não há estoque nas unidades locais para atender a procura. Chega ao absurdo de até briga ter sido registrada no interior da loja por uma última peça disponível.

Marcos Júnior Ferreira, homem responsável por comandar todo o setor de vendas da maior loja da City Lar em Rondonópolis, localizada na Avenida Arnaldo Estevan, garante que nunca viu nada igual o que está vendo este ano. A procura por ares zerou por diversas vezes o estoque da loja nos últimos dois meses, mesmo em meio a um reabastecimento em duas vezes semanais. "Nossa central é em Cuiabá, então temos esta vantagem da resposta rápida. Mesmo assim, está difícil de acompanhar o crescimento nas vendas deste ano, que certamente passou de 50% se comparado ao mesmo período do ano passado. Em um dia da semana passada, computados no caixa mais de R$ 50 mil em um dia só com vendas de ar-condicionado. Dá para dizer sem medo de errar que estamos vendendo, no mínimo, uns 20 aparelhos por dia", testemunhou o gerente.

Da rede de lojas Casas Bahia, uma das mais conhecidas do Brasil, o gerente Flávio Garcia assumiu que não dá para garantir atualmente que entrega um aparelho de ar-condicionado com menos de oito dias úteis para seus clientes. "Cada 10 pessoas que entram em nossa loja, oito são para procurar ar-condicionado. No início deste mês, recebemos exatos 87 aparelhos de 9 e 12 mil BTUS, que são os residenciais, que é a linha que trabalhamos, e quando era na segunda-feira seguinte já não tínhamos mais nada no estoque. Eu cheguei a ver uma cena aqui de um vendedor fechando um pedido, enquanto o outro adquiria o mesmo produto simultaneamente, passou o cartão e estava levando a última peça que tínhamos a pronto entrega e um começou a discutir com o outro: 'este ar é meu e o outro retrucando'. Eu achei que ia ter briga na loja", disse Garcia, que estabeleceu o crescimento de 60% nas vendas devido o calor intenso.

Fabiano Marconi, gerente da maior loja Gazin em Rondonópolis, também assume que a venda superou a mais otimista expectativa e garante que não está sendo fácil conseguir atender a procura popular. "Só no Liquidaqui, que é uma realização da CDL onde atendemos com preços e horários diferenciados, nós vendemos naquela semana mais de 800 aparelhos de ar-condicionado. Graças a Deus a remessa que nos chega da central vai rapidamente. Chega um caminhão com 60, 80 peças e em 24 horas já estamos com estoque zerado novamente. É uma situação muito positiva para nós, acima das melhores previsões, mas que requer um pouco de paciência do consumidor que muitas vezes terá de aguardar um pouco mais para receber no produto, mesmo com a urgência da necessidade", analisou.

Sobre o perfil dos compradores, o gerente da City Lar foi preciso em dizer: ar-condicionado já não é artigo de luxo faz tempo. "Apesar de ser um aparelho doméstico que eleva consideravelmente a conta de energia elétrica e custa ao cliente pouco mais de R$ 1 mil, não temos como classificar quem é a classe que está comprando mais. Gente com muito poder aquisitivo nos procura constantemente, da mesma forma pessoas que a classe média e outras famílias mais pobres também. A condição de parcelamento facilitada, em várias vezes e sem juros, e a necessidade de fugir deste calor intenso, que e para todos, são coisas que tiram o ar-condicionado da categoria de produto de luxo", finaliza.

Hevandro Soares – Da Redação

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