ECONOMIA

Inadimplência das empresas brasileiras cresceu 8,5%

A elevação dos juros, sobretudo no capital de giro, a desaceleração da atividade econômica no segundo trimestre e o aumento dos estoques explicam o crescimento verificado. O fator calendário, por sua vez, também deve ser considerado, uma vez que julho teve um dia útil a mais que junho. Além disso, vale lembrar que as empresas exportadoras continuam enfrentando problemas com o real valorizado e com o mercado externo, cada vez mais volátil.
Já nas variações acumulada e anual, a inadimplência das pessoas jurídicas apresentou queda. De janeiro a agosto de 2010, houve uma redução de 8,5%, na comparação com o mesmo período do ano anterior. Considerando-se o acumulado dos oito primeiros meses, foi a maior queda nesta variação desde 2007.
Quanto à comparação de julho de 2010 sobre julho de 2009, o recuo foi de 5,5%. Em julho do ano passado, o país tinha saído da crise e apresentava crescimento, com este indicador decrescendo. De qualquer forma, a queda de 5,5% é a menor dos últimos 8 meses.
Decomposição
Na decomposição do indicador, conforme tabela abaixo, os títulos protestados contribuíram com 7,8% para o aumento mensal (8,5%) e foram o componente que mais pesou para o aumento da inadimplência. As dívidas não honradas com bancos e os cheques sem fundos deram uma contribuição de 0,4% cada um.

Análise por porte
Na análise por porte, as grandes empresas tiveram a maior evolução da inadimplência no mês, em relação a junho, 14,2%. Em seguida estiveram as micro e pequenas empresas com 8,5% e as médias com 7,5%. Na comparação anual, julho 2010/2009, as médias e grandes empresas puxaram o recuo registrado (8,5%) com quedas de 13,4% e 9,1%, respectivamente. As micro e pequenas seguiram a mesma tendência, com decréscimo de 4,9%.
A perspectiva é de que a inadimplência das empresas continue alternando pequenas variações positivas e negativas na comparação mensal. Um ambiente mais favorável é aguardado para o último trimestre, com as festas de final de ano, impulsionando mais fortemente o ritmo da atividade econômica.
Fonte: Serasa Experian

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