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Em dois anos, rondonopolitano gasta R$ 20,00 a mais para cada ida a capital

A principal viagem realizada pelo rondonopolitano, especialmente no que tange a trabalho, ficou R$ 20,00 mais cara em dois anos. Em média, o preço do combustível vendido atualmente na cidade mais desenvolvida da região sul está 15% maior que nos três primeiros meses de 2013 e a quase inevitável, para muitos, ida a capital, Cuiabá, cerca de 215 quilômetros de distância, agora custa em média por volta de R$ 145,00 – ida e volta, enquanto que há 24 meses atrás era possível fazer o mesmo trajeto com R$ 125,00.
A base para o cálculo foi retirada dos números da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. ANP, que crava média de preço da gasolina a R$ R$ 3,35, em março de 2015, em Rondonópolis. A exatos dois anos atrás, a realidade era de R$ 2,92, preço este totalmente extinto em praticamente todo o território nacional, atualmente. A diferença no custo do litro, pouco mais de R$ 0,40 centavos, reflete na necessidade de um acréscimo de cerca de R$ 20,00 de gasolina para um carro popular, que gaste, com o ar condicionado ligado, em torno de um litro de combustível por 10 quilômetros rodados na rodovia.
Na capital, aliás, os consumidores têm encontrado um caminho para fugir da gasolina, que chega a estar acima dos R$ 3,50, nos casos dos combustíveis com potencial aditivado. A última greve dos caminhoneiros, fez inclusive secar o reservatório de muitos postos e os proprietários de veículos flex migraram para o etanol, o que tem feito gerar enormes filas de consumidores nas entradas dos postos. Ocorre que na capital, segundo o site Olhar Direto, o etanol é encontrado até R$ 1,99, ainda, estando a média de preço fixada em R$ 2,09 nas bombas.
Em Rondonópolis, no entanto, o etanol, inexplicavelmente, acompanhou a toada da gasolina e é comercializado na maioria dos postos a R$ 2,29, o que na prática não resulta em ser tão compensatório assim seu consumo. No início de 2014, há um ano, era possível adquirir este combustível na cidade a menos de R$ 1,90. Em entrevista ao Folha Regional, o diretor executivo do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado de Mato Grosso – SindiPetróleo, Nelson Soares Júnior, comentou que não há uma relação direta entre o preço do etanol e da gasolina para justificar que um interfira no aumento do outro.
“Como o consumidor tem este prerrogativa recente, em virtude dos carros flex, de poder escolher criou-se esta desinformação. Mas não há relação, são dois produtos totalmente diferentes, com seus mercados peculiares e um não afeta o outro. A gasolina o governo sobe a hora que quiser em virtude do petróleo, o etanol é uma situação totalmente distinta. Sobre a possibilidade do consumidor crer que o etanol está subindo sem motivo aparente e ele se sentir lesado deve então buscar o Procon e oferecer denúncia, que o órgão então fará o entendimento se está havendo abusividade”, explicou.

Da Redação – Hevandro Soares

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