Funcionários dos Correios votam acordo e greve deve terminar hoje

Os funcionários dos Correios votam nesta segunda-feira, em assembléia, o acordo fechado entre o sindicato da categoria e o governo no fim de semana. A orientação da Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) é aceitar a proposta e pôr fim à greve que já dura 21 dias.
Depois de mais de sete horas de reunião no último sábado (19), o ministro Hélio Costa e o sindicato, acertaram um adicional de 30% de risco. A reunião foi convocada pelo presidente do TST, ministro Rider Nogueira de Brito e contou com a presença representantes da ECT (Empresa de Correios e Telégrafos).
Segundo José Gonçalves, um dos representantes do comando de greve do Fentect, as assembléias ocorrerão nesta manhã e tarde. "A expectativa é que até às 16h se tenha quorum para aceitação, para que o acordo seja homologado no TST [Tribunal Superior do Trabalho]", explicou.
Segundo os Correios, o acordo prevê o adicional de 30% para 43 mil carteiros que trabalham na distribuição e coleta externa, retroativo a junho de 2008. Aos demais funcionários da distribuição e aos atendentes em guichê de agência, a empresa continuará pagando o valor fixo de R$ 260.
Também pelo acordo, os dias parados não serão descontados, mas compensados, mediante banco de horas e os Correios e a Fentect (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares) voltarão a discutir, em agosto, na data-base da categoria, os termos do Plano de Cargos, Carreiras e Salários de 2008.
O crédito do vale-refeição –alimentação ou cesta– será efetuado após o encerramento da greve.
Conforme havia estabelecido o ministro Rider Nogueira de Brito, caso trabalhadores e empresa não chegassem a um acordo, iria marcar a data do julgamento da ação de abusividade da greve, proposta pelos Correios.
Até sexta-feira, a paralisação contava com a adesão de 19,8 mil funcionários, de cerca de 110 mil empregados. Entre os carteiros, a adesão a greve foi maior e, segundo a empresa, 14,3 mil entregadores, entre 53 mil, pararam.
Nos 18 dias de paralisação (contados até sexta-feira), cerca de 420,6 milhões de correspondências foram postadas, mas 69% chegaram no destinatário. Entre as encomendas, 96,4%, de 10,2 milhões de pacotes, já foram entregues.
Folha online