Manchetes dos jornais de hoje

O Globo
Dilma enquadra Pimentel em favor de Hélio Costa
O comando do PT e a pré-candidata Dilma Rousseff optaram por enquadrar o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, embora o senador Hélio Costa, do PMDB, esteja praticamente empatado com ele nas pesquisas encomendadas pelos dois partidos sobre a disputa para o governo de Minas.
Em conversa dura nesta quarta-feira com Pimentel, Dilma pediu que o ex-prefeito abra mão de sua candidatura em favor de Costa, para não comprometer a aliança nacional entre PT e PMDB, considerada fundamental para a campanha presidencial.
Segunda-feira, as cúpulas de PMDB e PT devem oficializar o acordo em Minas anunciando a chapa única com Hélio Costa como candidato ao governo e Pimentel como candidato ao Senado. Até lá, o petista terá de trabalhar para apaziguar os ânimos no PT mineiro, que ainda resiste em apoiar Costa.
Serra: responsabilidade por Dossiê é de Dilma
O pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, acusou ontem a sua adversária Dilma Rousseff (PT) de ter responsabilidade pelo suposto dossiê preparado pela campanha petista para atingir a filha do tucano, Verônica. Serra acusou explicação de Dilma e acusou os petistas de sempre recorrerem a esses artifícios em disputas eleitorais: – A principal responsabilidade por esse novo dossiê é da candidata Dilma Rousseff, disso eu não tenho dúvida. Como a principal responsabiliade pelo dossiê dos aloprados foi do Aloizio Mercadante, como a principal responsabilidade pelos dossiês de 2002 foi do Ricardo Berzoini. O PT tem longa tradição nesta matéria. Então, caberá a eles explicar o que aconteceu.
Serra não quis comentar, porém, a possibilidade de o episódio dar novo tom à campanha. Na disputa pelo governo de São Paulo, em 2006, petistas ligados à campanha de Mercadante, chamados depois pelo presidente Lula de aloprados, foram presos comprando dossiê contra Serra. Berzoini trabalhou na campanha de Lula em 2002, mas não chegou a ser confirmada sua participação em dossiês.
O suposto dossiê acirrou o ânimo de petistas e tucanos, com troca de ofensas. Um dia após o presidente do PSDB, senador Sergio Guerra, desafiar Dilma a responder sobre as acusações, o comando do partido blindou a candidata, e o presidente do partido, José Eduardo Dutra, chamou para si a resposta ao que chamou de patifaria. Disse que Serra está com “pesquisite aguda” – alusão ao resultado de pesquisas desfavoráveis ao tucano – e responsabilizou o jornalista Luiz Lanzetta por conversas que tenham levado à confusão dos dossiês.
Dilma e Serra discordam de Lula sobre carga tributária
Apesar de o Brasil ter a mais alta carga tributária da América Latina e uma das maiores do mundo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o alto volume de impostos registrado hoje no país – em torno de 36,5% do PIB – como forma de garantir um Estado presente e forte. O discurso de Lula foi feito na noite de anteontem, no encerramento do Seminário de Alto Nível da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), em Brasília.
Ontem, os dois pré-candidatos que lideram a disputa presidencial, José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), foram em outra direção, atacando a alta carga tributária e defendendo a redução.
Serviços públicos não correspondem à alta tributação, dizem especialistas
O presidente Lula saiu em defesa de uma carga tributária que, na realidade, pune todas as classes sociais no Brasil, inclusive os menos favorecidos. A carga brasileira de tributos, na faixa de 36% do Produto Interno Bruto (PIB -conjunto de todos os bens e serviços produzidos), tem como componentes perversos o baixo retorno em serviços à sociedade e uma parcela de impostos indiretos que não faz distinção entre pobres e ricos e acaba punindo a população de renda mais baixa.
O Estado gastador retira da sociedade um montante de recursos equivalente ao de países ricos, como a Alemanha, por exemplo, mas o retorno está aquém desses países em relação aos serviços básicos, como saúde e segurança, ou à infraestrutura. Nos serviços públicos, estamos em situação pior do que alguns vizinhos, como o Chile, que tem carga em torno de 20%.
Dirceu tenta contornar crise na campanha do PT
Com a crise do dossiê instalada dentro da campanha de Dilma Rousseff, o PT recorreu ao ex-ministro José Dirceu para que ele ajude a pacificar o partido. O ex-chefe da Casa Civil, que teve o mandato de deputado cassado por envolvimento no mensalão, ficou dois dias em Brasília.
Terça-feira, Dirceu teve longa conversa com Dilma. Nesta quarta-feira, participou da reunião de coordenação da campanha. Com grande influência na máquina partidária, Dirceu atuou intensamente nos bastidores para tentar solucionar os problemas internos. No Palácio do Planalto, há preocupação com o elevado grau de disputa que tomou conta do comitê eleitoral de Dilma.
Como revelou o jornal O Globo, a parte mais visível dessa disputa foi explicitada entre o grupo próximo a Dilma, liderado pelo ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel, e pelo deputado estadual Rui Falcão (PT-SP), que tem ligações históricas com a máquina petista.
Folha de S.Paulo
Serra acusa Dilma de estar por trás de suposto dossiê
Com o objetivo de imprimir na adversária a pecha de sectária, o pré-candidato do PSDB à Presidência, José Serra, atribuiu à petista Dilma Rousseff a autoria de um suposto dossiê contra ele. "A principal responsabilidade desse dossiê é da candidata Dilma. Não tenho dúvidas", afirmou Serra. No sábado, a revista "Veja" divulgou que petistas articularam a montagem de uma equipe de espionagem para confeccionar dossiês contra adversários, mas a estratégia não teria ido adiante, em razão de intervenção de outra ala do partido. Os petistas negam as acusações.
Ao acusar Dilma, Serra tenta desestabilizar a campanha petista, a exemplo do que ocorreu em 2006, quando a candidatura de Aloizio Mercadante ao governo paulista foi abatida em meio ao escândalo dos aloprados. A ideia é reeditar o clima de 2006. Até hoje, tucanos creditam a vitória fácil de Serra em 2006 à descoberta de uma operação para compra de dossiês contra o partido. A aparição de dinheiro destinado à compra também beneficiou Geraldo Alckmin, então candidato ao Planalto.
Ontem, Serra lembrou o caso e a montagem de um grupo petista em 2002 para afirmar que o "PT tem tradição" na produção de dossiês. A irritação de Serra se deve ao fato de que a filha, Veronica, foi alvo de investigações, informação divulgada pelo jornal "O Globo". Indignado, incentivou reação do PSDB.
Para Dilma, acusação tucana é "falsidade"
Diante da acusação do PSDB de que Dilma Rousseff (PT) é responsável por dossiês, o PT "blindou" a ex-ministra para evitar que ela entrasse na polêmica e chamou de "pesquisite aguda" e "patifaria" as reações tucanas. Durante quase toda a sua visita a Goiânia, ontem, Dilma evitou falar com os jornalistas. Ao ir embora, afirmou: "Isso [a acusação de Serra] é uma falsidade. Eu não vou ficar batendo boca sobre isso. Agora, é uma falsidade." Antes, o presidente do PT, José Eduardo Dutra, que a acompanhou, convocou a mídia para contestar Serra.
"Não há nenhuma ação por parte do PT no sentido de orientar, autorizar ou encomendar a formação de dossiês. Repelimos essa política." Para Dutra, Serra revela "desespero", "estresse acima do suportável" e "pesquisite aguda". O petista disse ainda que é "patifaria" ligar Dilma à montagem de dossiês.
Governo muda marco civil da internet
O governo vai alterar os dois pontos mais polêmicos da proposta que cria normas civis para a internet, acatando, em parte, sugestões e críticas da Polícia Federal e do Ministério Público. O texto final do projeto deve ser fechado até o final de junho, após sete meses em debate público, para ser encaminhado, na sequência, à apreciação do Congresso.
Segundo a Folha apurou, o prazo da proposta original do governo para guarda dos dados de conexão, um dos mais polêmicos na consulta pública, será ampliado. O arquivo de dados de conexão deve subir de até seis meses para pelo menos um ano. Hoje, não há regras definidas no setor, o que tem emperrado solicitações judiciais que envolvem identificação de usuários da internet.
Centrais receberam R$ 228 mi da União desde 2008
Aliadas de primeira hora, as centrais sindicais já receberam do governo Lula R$ 228,3 milhões em repasses do imposto sindical. Esses recursos começaram a engordar o caixa das entidades a partir de 2008, quando o Congresso aprovou projeto do Executivo para oficializar o papel das centrais dentro da estrutura sindical.
Com a mudança, o governo concordou em abrir mão de metade de sua fatia do imposto sindical para beneficiar as centrais. Só neste ano já foi arrecadado R$ 1,684 bilhão com a contribuição, compulsória a todos os trabalhadores, sindicalizados ou não. 2010 deve ser recordista no recolhimento do tributo.
Na prática, isso garante mais poder de fogo às centrais em pleno ano de eleições. Das 6 entidades que recebem o repasse, 5 já declararam, formal ou informalmente, apoio à pré-candidata petista Dilma Rousseff.
Agência de Dilma se alia à de Obama no Brasil
A empresa americana que comandou a estratégia de comunicação da campanha de Barack Obama à Presidência dos Estados Unidos em 2008 avançará nos mercados brasileiro e latino-americano pelas portas do PT. A Blue State Digital terá como representante no Brasil e na América Latina a agência Pepper, responsável pela campanha na internet da pré-candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff. Os americanos foram responsáveis pela arrecadação de US$ 750 milhões para a campanha de Obama.
O contrato entre as agências foi fechado na semana passada pela diretora da Pepper, Danielle Fonteles, em Nova York. Pela Blue Digital, quem está à frente é Joe Rospars, um dos cofundadores da empresa. Desde o início da pré-campanha, Rospars atua como "consultor" do marketing na internet de Dilma ao lado de Scott Goodstein.
DEM faz concurso para lançar jovem candidato a deputado
"Por que você deseja ser candidato a deputado no Brasil?" Essa é a pergunta feita pelo DEM no concurso organizado pelo partido para escolher um jovem filiado que queira disputar uma cadeira de deputado federal ou estadual em outubro. Os candidatos do projeto "Torne-se um jovem deputado" devem ter entre 21 e 35 anos e ser filiados ao DEM. No site da Juventude Democrata eles deverão responder à questão, dizer quais são suas propostas e postar um vídeo deles próprios.
Corrreio Braziliense
Falta apenas jogar a toalha
Aos 47 minutos do segundo tempo do processo de definição de candidaturas em Minas Gerais, o candidato que representará a base aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no estado e vai oferecer o palanque único à presidenciável Dilma Rousseff (PT) deve ser mesmo o ex-ministro Hélio Costa (PMDB). Apesar de oficialmente continuarem lutando para firmar o nome do PT na corrida ao Palácio da Liberdade, os petistas admitem internamente jogar a toalha, mas com moderação. Vão deixar para o Diretório Nacional a tarefa de sacramentar a aliança e abrir caminho para uma campanha que tem tudo para ter pouco empenho da militância petista.
Até o último momento, PT e PMDB mineiros continuam batendo cabeça sobre quem deve ser o escolhido para representar a base aliada. Nem mesmo as pesquisas encomendadas a dois institutos pelas legendas foram suficientes para resolver o imbróglio regional. Nelas, caiu a diferença entre Hélio Costa e o ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel. O levantamento encomendado pelo PMDB aponta Costa e Antonio Anastasia (PSDB) com 10% e Pimentel com 8% no cenário espontâneo. Em simulação de segundo turno com o candidato tucano, Pimentel venceria de 33% a 28% e Hélio Costa de 37% a 26%. A margem de erro é de três pontos percentuais. Já na pesquisa do PT, Pimentel tem 10,2% contra 9,2% para Anastasia e 7,5% para Hélio Costa.
A maquiagem do PAC
O 10º Balanço do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) apresentou números inflados, maquiados e contraditórios. Um audiovisual com tons eleitorais mostrou tudo o que deu certo em cada região. Os contratempos e atrasos foram abordados apenas na entrevista coletiva. O governo anunciou que a execução financeira atingiu R$ 464 bilhões, o que corresponde a 70% do total de recursos. Mas esse valor engloba os financiamentos a pessoa física pelo programa Minha Casa, Minha Vida e pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Sem esse dinheiro, o PAC teria execução de R$ 306 milhões, ou 60% do total. A Casa Civil também sustenta que o programa será concluído até o fim do ano, embora reconheça que apenas 27% dos recursos de habitação e saneamento (R$ 58 bilhões) estarão aplicados até lá.
O governo tenta vender a ideia de que investiu muito, mas briga com os próprios números oficiais. Do dinheiro aplicado, apenas 9% (R$ 41,8 bilhões) saíram dos cofres da União. Cerca de 55% dos recursos vieram do setor privado e da poupança voluntária dos brasileiros. Outros 33% são recursos de estatais. Na área de habitação e saneamento, por exemplo, foram anunciados investimentos contratados de R$ 208 bilhões, mas 75% disso são as verbas do SBPE e dos empréstimos a pessoas físicas. O dinheiro não é do governo, as obras não estão sendo executadas pelo governo e o risco não é do governo. Estavam presentes no ato os ministros das Cidades, Márcio Fortes; do Planejamento, Paulo Bernardo; da Defesa, Nelson Jobim; e o ministro interino da Fazenda, Nelson Barbosa.
Dilma se equilibra entre dois palanques em Goiás
A pré-candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT) teve dia de cabo eleitoral durante visita a Goiânia ontem. A presidenciável foi escalada para tentar aumentar o desempenho dos pré-candidatos ao governo goiano, Íris Rezende (PMDB) e Vanderlan Cardoso (PR), em desvantagem nas últimas pesquisas na disputa contra o senador Marconi Perillo (PSDB-GO). O revés do tucano faz parte de uma lista de prioridades eleitorais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo levantamentos recentes, o pré-candidato tucano está em vantagem em relação aos aliados do governo federal. Para tentar reverter a situação delicada, a agenda de Dilma incluiu entrevistas a programas de rádio, grupos de comunicação e um almoço com empresários locais. Em todos os locais, o nome dos pré-candidatos foi um mantra.
Danos ao processo eleitoral
A greve deflagrada no começo da semana passada por servidores do Poder Judiciário Federal tem tirado o sono do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, que teme prejuízos sem precedentes às eleições de outubro. A preocupação do ministro foi compartilhada ontem pela Advocacia-Geral da União (AGU), que entrou com ação no Superior Tribunal de Justiça (STJ) pedindo que os grevistas da Justiça Eleitoral voltem imediatamente ao trabalho. A AGU descreve a paralisação como “ilegal e abusiva”.
De acordo com Lewandowski, a greve já afeta o andamento dos trabalhos nas áreas administrativas e de tecnologia da informação, responsável por desenvolver os programas usados nas urnas eletrônicas. No protocolo, o Correio apurou que os processos já começaram a acumular por conta da falta de pessoal. “A greve está atrapalhando. Ela atingiu alguns setores com bastante intensidade. É um ato lamentável, pois prejudica as eleições e o estado democrático de direito”, disse o presidente do TSE.
Corporativismo ameaçado
O Senado deu mais um passo para garantir o voto aberto em processos de perda de mandato parlamentar. A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa aprovou proposta de emenda constitucional (PEC) que prevê o fim do voto secreto para esse e outros casos, como decisão sobre vetos presidenciais, indicações do presidente do Banco Central, de embaixadores e de titulares de agências reguladoras, além da aprovação ou da exoneração de autoridades. O texto ainda precisa ser apreciado pelo plenário do Senado para então seguir para a Câmara dos Deputados.
“Os processos de cassação serão melhor estudados. O corporativismo não vai mais funcionar, porque a opinião pública vai acompanhar os votos”, disse o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), relator da matéria na comissão. Aprovado sem contratempos na CCJ, o relatório de Valadares teve o respaldo da maioria dos colegas.
O Estado de S. Paulo
PSDB quer definir vice em uma semana
O PSDB espera que o pré-candidato José Serra invista no processo de definição da escolha do vice até a semana que vem. A expectativa é ir para a convenção do partido, no dia 12, já com um nome definido. Como o ex-governador de Minas Aécio Neves garantiu que está fora do projeto de chapa puro-sangue, a adesão ao nome do deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) cresceu entre o próprio tucanato.
Uma reunião com os líderes dos principais partidos aliados – DEM e PPS – está marcada para discutir a composição política da aliança com o PSDB, passado o feriado de Corpus Christi. Ontem, a cúpula tucana se reuniu a portas fechadas por, pelo menos, três horas na sede do Instituto Fernando Henrique Cardoso, em São Paulo, para tratar do assunto. Além de Aécio, o senador Tasso Jereissati (CE), também cotado para vice, e o ex-presidente do partido Pimenta da Veiga (MG) conversaram durante almoço com Fernando Henrique. Com uma hora de atraso, o presidente da legenda, Sergio Guerra, chegou a tempo do cafezinho. A reunião seguiu, ainda, por duas horas após sua chegada.
Na semana passada, Guerra, cujo nome também chegou a ser cotado em caso de chapa puro-sangue, deu pistas de que um vice do DEM é o caminho mais provável a ser adotado. "Vamos esperar o feriado passar e discutir o assunto. Eu defendo uma solução rápida", disse ontem. Guerra faz parte do grupo favorável a que o PSDB tenha o vice escolhido e anunciado até a convenção do dia 12. Dentro do PSDB, porém, há quem defenda a tese de que a escolha não precisa ser feita com pressa, podendo deixar a decisão para 30 de junho, data limite prevista pela Lei Eleitoral.
Marina se declara contra casamento gay
Na semana do Orgulho Gay, a pré-candidata do PV à Presidência, Marina Silva, declarou ter opinião “não favorável” ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. “O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, uma instituição que foi pensada há milhares de anos para essa finalidade”, afirmou em entrevista ao site UOL.
Marina acrescentou que seu posicionamento “não pode ser confundido com discriminar essas pessoas do ponto de vista de seus direitos”. Horas depois, em resposta à polêmica gerada na internet pelas declarações, ela amenizou sua posição e afirmou ser a favor da união civil “de bens” entre homossexuais.
“Prefiro que o movimento gay olhe para mim e diga: ‘a Marina nesse aspecto não pensa igual a mim’”, disse, admitindo que pode perder votos com as declarações. Ela reconheceu que as opiniões se devem a sua religião – Marina é fiel da Assembleia de Deus –, mas garantiu que, se eleita, não usará o governo para “fazer proselitismo religioso”. Disse ainda considerar “legítimas” as reivindicações do movimento GLBT.
Reforma da Previdência fica para próximo governo
O governo Lula prepara uma proposta de reforma da Previdência Social para ser colocada em prática pelo próximo governo. Até 31 de dezembro, o ministro Carlos Eduardo Gabas vai apresentar ao presidente Lula mudanças na concessão de aposentadorias para os trabalhadores da iniciativa privada e servidores públicos. A ideia é que, no longo prazo, esses regimes se unifiquem.
Para evitar uma corrida aos pedidos de aposentadoria, o ministro propõe que as alterações, caso sejam acatadas pelo futuro presidente, terão de ser implementadas de forma gradual e não devem ser vistas como uma reforma. "Vamos deixar nossa visão. Não tenho receita de bolo. Não me sinto competente para dizer que este ou aquele é o melhor modelo para a Previdência", considerou.
O que o governo quer é controlar o ritmo de crescimento do déficit previdenciário, que deve fechar este ano na casa dos R$ 50 bilhões. Isso sem contar os impactos do fim do fator previdenciário e do reajuste de 7,72% dos benefícios acima do salário mínimo que foram aprovados pelo Congresso Nacional e estão nas mãos do presidente Lula para aprovação ou veto. Somente nos quatro primeiros meses deste ano o rombo foi de R$ 17,227 bilhões, o que corresponde a um aumento de 13,7% em relação ao mesmo período de 2009.
Gasto público atinge em abril maior proporção do PIB no governo Lula
As despesas do governo atingiram em abril o maior nível em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) desde o início do governo Lula. Dados apresentados ontem pelo secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, detalhando os itens que compuseram o resultado primário desde 2002, mostram que o governo aproveitou o aumento das receitas, que também atingiu o ponto mais alto, para elevar gastos.
Os números mostram que o superávit primário realizado nos últimos anos foi garantido pelo aumento da arrecadação e não por uma política efetiva de corte das despesas públicas. No acumulado dos últimos 12 meses, encerrados em abril de 2010, os gastos representaram 18,6% do PIB. Em 2002, último ano do governo Fernando Henrique, eles correspondiam a 15,7% e atingiram 18,2% do PIB em 2009. As receitas equivaliam a 17,9% do PIB em 2002 e atingiram 20% em abril deste ano.
Fonte: jornais do dia