Carnaval pós-pandemia no RJ começou com homenagens e teve acidente grave

As estruturas de cimento e aço do Sambódromo ganharam vida novamente, após dois anos de sono involuntário, devido à pandemia. Quando a primeira escola pisou na Avenida Marquês de Sapucaí ontem (20), pela Série Ouro, foi dada a largada oficial do carnaval fora de época no Rio de Janeiro. O ponto negativo da noite foi o acidente envolvendo uma criança de 11 anos, que teve a perna esmagada por um carro alegórico.
Antes das escolas, o privilégio de estrear na pista foi dos componentes da velha guarda, carregando os estandartes de cada agremiação, cantando a composição Velha Guarda, de Dicró: "Sou velha guarda, a espinha dorsal do samba".
Um dos cuidados obrigatórios este ano seria a apresentação do comprovante de vacina contra a covid-19, exigido de todos para ingressar no local do desfile. Porém, conforme a reportagem da Agência Brasil constatou, as pessoas estavam passando pelas catracas sem terem que apresentar o passaporte vacinal.
Na ordem dos desfiles, a primeira escola a retomar o Sambódromo foi a Em Cima da Hora trazendo o enredo 33 – Destino Dom Pedro II, uma reedição do Carnaval de 1984, quando a escola desfilou na estreia do Sambódromo pelo grupo 1-B, antiga segunda divisão.
Em seguida desfilaram a Acadêmicos do Cubango, de Niterói; a São João de Meriti, Unidos da Ponte; a Porto da Pedra, de São Gonçalo; a União da Ilha; Unidos de Bangu; e, fechando a noite, a Acadêmicos do Sossego, com o enredo Visões Xamânicas.
Nesta quinta-feira (21) será a vez das outras escolas da Série Ouro desfilarem na Marquês de Sapucaí: Lins Imperial, Inocentes de Belford Roxo, Estácio de Sá, Acadêmicos de Santa Cruz, Unidos de Padre Miguel, Acadêmicos de Vigário Geral, Império da Tijuca e Império Serrano.
ACIDENTE
A alegria no sambódromo só não foi maior devido a um grave acidente com uma menina de 11 anos de idade. Ela teve ferimentos graves nas pernas, quando uma alegoria da escola Em Cima da Hora manobrava na saída da Praça da Apoteose.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a menina foi levada para o Hospital Municipal Souza Aguiar, que fica próximo ao Sambódromo, e passou por uma cirurgia, mas segue em estado grave.
A Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Liga RJ), responsável pelos desfiles da Série Ouro, informou que o acidente ocorreu depois que a criança, identificada pela Liga RJ como Raquel Antunes, subiu em um carro alegórico, na rua Frei Caneca, na área da dispersão depois do desfile e já fora do Sambódromo.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar as circunstâncias do acidente..
Da Redação (com informações da ABR)



