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Sema descarta dano ambiental, mas responsáveis por tingir cachoeira podem ser multados

A água da Cachoeira Queima-Pé, que foi tingida de azul durante um chá revelação em Tangará da Serra (MT), não teve a qualidade prejudicada pelo corante usado no evento. A avaliação do possível prejuízo ambiental foi feita pela Sema (Secretaria de Estado de Meio Ambiente) em conjunto com o órgão ambiental do município mato-grossense. Ainda assim, o evento vai contra um decreto federal e os responsáveis serão autuados pelo incidente, de acordo com o órgão, e podem ser multados.

Durante a vistoria, realizada na segunda (26), os agentes não observaram alterações na cor e odor da água ou morte dos peixes que vivem na região. Uma análise laboratorial feita no mesmo dia descartou também alterações químicas na cachoeira, segundo informações prestadas pela Sema.

O proprietário do terreno que abriga a cachoeira informou que cedeu o local para o chá revelação, realizado no domingo (25), mas que não teve relação direta com ele. Um dos organizadores do evento compareceu à sede da Sema de Tangará da Serra para prestar esclarecimentos, acompanhado de uma advogada, e afirmou que não sabia que a água seria colorida de azul, atribuindo a outro familiar a responsabilidade pelo uso do corante.

O responsável apontado pelo organizador já foi convocado e também deve comparecer ao órgão ambiental para a devida autuação ambiental, que ainda será definida após a conclusão do laudo técnico ambiental, que irá apontar a dimensão dos danos causados pela infração.

Segundo a Sema, o chá revelação do casal, que terá um menino, vai contra o decreto federal nº 6.514/2008, que define como passível de infração ambiental "lançar resíduos sólidos, líquidos ou gasosos ou detritos, óleos ou substâncias oleosas em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou atos normativos".

O decreto estipula que a multa por dano ambiental "terá por base a unidade, hectare, metro cúbico, ou outra medida do objeto jurídico lesado" e que o valor da punição deve ser fixada em no mínimo R$ 50 e no máximo R$ 50 milhões.

O CASO
O casal virou alvo de críticas após tingir de azul a água de uma cachoeira durante um chá revelação em Tangará da Serra (MT). Vídeos e fotos do evento foram compartilhados nas redes sociais pelos convidados.

Na ocasião, Anderson Reis e Evelin Talini usaram a cachoeira para anunciar a chegada do filho. Nas imagens, é possível ver o momento em que a queda d'água atrás do casal começa a ficar azul, revelando que eles serão pais de um menino.

Além da substância que tingiu a água da cachoeira, fumaça da mesma cor também foi usada para revelar o sexo do bebê.

 

Da Redação (com informações do UOL)

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