Com 31 mil novos casos de câncer de pulmão por ano, projeto no Senado quer proibir narguilés
Um projeto de lei (PL 3267/2025) em tramitação no Senado Federal, que propõe a proibição total de narguilés no Brasil, ganha relevância diante do grave cenário do câncer de pulmão no país. O debate ocorre em meio a estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA) que apontam para cerca de 31.270 novos casos da doença em 2024, que tem o tabagismo como seu principal fator de risco, responsável por aproximadamente 90% dos diagnósticos.
De autoria do senador Eduardo Girão (NOVO-CE), o projeto de lei se baseia nos riscos à saúde associados ao uso do narguilé. A justificativa cita estudos que demonstram a alta nocividade do dispositivo, comparando uma sessão ao consumo de dezenas de cigarros, além do risco de dependência química devido à nicotina.
O argumento do senador é reforçado pelos dados sobre o câncer de pulmão, uma das principais causas de morte por câncer no Brasil e no mundo. Além da alta incidência, um dos maiores desafios para o tratamento é o diagnóstico tardio, já que 91% dos casos são identificados em estágios avançados, o que reduz drasticamente as chances de cura. A discussão ganha ainda mais destaque durante o agosto Branco, mês dedicado à conscientização sobre a doença.
O PL 3267/2025 visa alterar a Lei nº 9.294/1996, que já estabelece restrições ao uso de produtos fumígenos, para proibir a fabricação, a comercialização e o uso de narguilés e seus acessórios em todo o território nacional. Atualmente, a proposta está em fase de análise no Senado Federal. O objetivo final, conforme o texto, é reduzir os danos causados pelo uso do narguilé e promover a saúde da população.
Fonte: Da Redação
