Roda de Conversa visa melhorar vínculos da Rede Cegonha em Rondonópolis

Promover a unificação da linguagem entre as equipes integrantes da Rede Cegonha em Rondonópolis e melhorar o serviço oferecido às mães gestantes e às crianças recém-nascidas da comunidade local. Esta é a meta da gerente do Departamento de Ações Programáticas do Município, Eliane Ormund, que organizou uma série de rodas de conversa com os profissionais envolvidos e o Grupo Condutor do programa na cidade. O primeiro encontro para avaliação das ações aconteceu na tarde desta quarta-feira (21). A programação prossegue nos próximos dias.
A discussão acontece entre enfermeiros e agentes administrativos das unidades de saúde do município, técnicos do Departamento de Ações Programáticas e da Vigilância Epidemiológica, do Escritório Regional de Saúde, do Grupo Condutor da Rede Cegonha, do Conselho da Mulher e da Santa Casa que é o hospital referência. Eliane Ormund explica que o interesse é reconhecer a problemática existente, saber o que a Rede desenvolve e identificar quais as mudanças devem ser realizadas para resolver os pontos fracos.
Eliane Ormund acrescenta ainda que a Rede Cegonha é uma estratégia do Governo Federal que foi implantada com o objetivo de humanizar e naturalizar o parto. Em Rondonópolis, o programa começou a ser estudado em 2012 e os recursos para a instalação chegaram no ano seguinte. Ela explica que as ações da Rede são de planejamento reprodutivo, pré-natal, parto, puerpério e pela criança até 2 anos. Em Mato Grosso, apenas Rondonópolis e a baixada cuiabana foram contempladas com a habilitação do programa.
Ana Maria Lino – enfermeira gerente do Programa de Saúde da Mulher no Município – abriu a roda de conversa com informações sobre a rede e as diversas fases de implantação do sistema. Rondonópolis já desenvolve a quarta fase que é a de qualificação do serviço e o cumprimento das metas dos componentes. Profissionais da Santa Casa falaram da dinâmica de atendimento na obstetrícia do hospital.
Mortalidade Infantil
Angélica Fátima Bonatti – enfermeira técnica de agravos e investigação de óbito infantil – participou da roda de conversa para mostrar os números crescentes da mortalidade fetal e infantil em Rondonópolis, nos últimos dois anos. Ela compara que houve redução da mortalidade no período de 2009 a 2012 e aumento em 2013 e 2014. O número de crianças nascidas vivas também aumentou proporcionalmente. Foram 3.320 nascidos vivos em 2009 e 3.990 no ano passado.
A maior incidência de morte é entre os nascidos vivos do sexo masculino. Angélica Bonatti aponta entre os fatores responsáveis a influência de alguns problemas de saúde na mãe que deixam de ser tratados durante o pré-natal e falhas no parto. Em primeiro lugar aparecem os casos de filhos de mães com hipertensão, diabetes e infecção urinária que não se tratam no pré-natal. Depois vêm os problemas na hora do parto.
Eliane Ormund antecipa que os demais encontros para a roda de conversa acontecem na segunda, terça, quarta e quinta-feira da próxima semana. O relatório final vai servir de base para o Grupo Condutor definir as providências a serem adotadas para melhorar o vínculo dos pontos da Rede Cegonha em 2015.