Diretora explica que prioridade no PA é atendimento de urgência e emergência

Com a demanda média de 18 mil procedimentos por mês, a prioridade no Pronto Atendimento do Hospital Municipal de Rondonópolis – PA Adulto e Infantil é o atendimento dos casos de urgência e emergência. A afirmação é da diretora geral Vânia Scapini que orienta as famílias da comunidade a procurarem as unidades da Rede Básica de Saúde, principalmente para assistência médica de crianças e idosos, em casos de menor gravidade. Ela explica que a alta demanda de situações que podem ser solucionadas nos Postos de Saúde gera demora e compromete a qualidade do atendimento.
Vânia Scapini observa que o atual período é crítico, devido à alta incidência de viroses e doenças sazonais. E as mães costumam procurar o PA Infantil em busca de consulta com um médico pediatra. Mas, devido ao baixo número de especialistas em todo país, a administração optou por contratar tanto pediatra quanto clínico-geral para atuar naquela unidade. Diante disso, ela aconselha os pais a procurarem a unidade do Programa de Saúde da Família – PSF ou qualquer posto da Rede Básica localizado mais próximo de casa para fazer a consulta ambulatorial das crianças.
A diretora alerta que o PA Infantil deve ser apenas para atender os casos considerados de urgência e emergência, como quadros de convulsões, suturas, traumas e acidentes. Se a população adotar esse procedimento, aqueles que realmente precisam de atendimento de urgência e emergência, vão ser atendidos num prazo menor. Com isso é possível também evitar as situações de desgaste e estresse tanto para os pacientes quanto para servidores. “A equipe não consegue dar qualidade ao atendimento. Isso gera estresse no paciente e no servidor que trabalha sob pressão”, avalia.
As pessoas da geração melhor idade – orienta a diretora – podem receber atendimento dentro do PSF e em visitas domiciliares para evitar transtorno. “Aqui no PA não podemos priorizar o idoso. A classificação de prioridade é pelo risco do paciente. Portanto, um jovem acidentado e em situação de emergência recebe atendimento antes que o idoso num caso de menor gravidade”, explica.
Vânia esclarece ainda que o protocolo de atendimento para pacientes com febre ou patologias é o de ficar em observação para acompanhamento da equipe e realização de exames. Em caso de febre, é necessário antes baixar a temperatura para colher um exame de hemograma completo, por exemplo. Com a média de 600 exames diários, o laboratório demora em média quatro horas para oferecer o resultado.
Plantão médico
As unidades do PA Adulto e Infantil contam com uma equipe de oito profissionais em cada plantão médico. Além de clínico-geral e pediatra, a equipe tem um ortopedista e um cirurgião de bucomaxilo para atender adultos e crianças. A atual gestão contratou também dois cardiologistas para acompanharem os pacientes que aguardam vagas na UTI Coronária ou no Hospital Regional. Os pacientes com complicações cardiológicas recebem duas visitas diárias desses especialistas.
Demanda
Inaugurado no dia 1º de abril de 2004, o PA começou a funcionar com uma média de 5 mil atendimento por mês. Atualmente são cerca de 18 mil procedimentos mensais. Com 37 leitos de observação e internação, o PA Adulto atende cerca de 350 pessoas por dia. No PA Infantil são 20 leitos de observação e a demanda de 180 pacientes/dia. Vânia Scapini conta que a procura aumenta nos fins de semana. Ela acrescenta que a maior demanda é registrada por volta das 7 horas e no período das 11 às 23 horas, principalmente às segundas e sextas-feiras e aos domingos.