Com erros do Governo Bolsonaro gás de cozinha já compromete mais de 13% do salário mínimo

Quem ganhou um salário mínimo (R$ 1.212) em maio teve que comprometer até 13,2% de sua renda mensal para comprar um botijão de gás de 13 kg, cujo preço máximo está em R$ 160 desde março. O custo proporcional é o maior registrado em 16 anos e, em valor absoluto, é o mais caro já cobrado no país. A aumento no preço do gás de cozinha disparou durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), levando muitas pessoas a retomarem o uso de fogões a lenha.
A última vez em que os brasileiros precisaram comprometer tanto do salário para adquirir um botijão de gás foi em 2006, quando o valor mais alto correspondia a 15% do salário mínimo da época (R$ 300). O levantamento usa como base os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que faz pesquisas semanais de preços dos combustíveis desde 2001, e do histórico de valores do salário mínimo mantido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A carestia é mais uma promessa não cumprida pelo atual governo. Em 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu cortar o preço do gás de cozinha pela metade — uma redução que viria a partir da abertura desse mercado no Brasil. Desde então, porém, o preço do botijão já acumula alta de mais de 60%.
Especialistas avaliam que o problema é fruto de um erro estratégico. O governo não levou em consideração o papel social do gás de cozinha, que merecia uma política de preços diferente daquela adotada para outros derivados de petróleo.
SALÁRIOS BAIXOS
A situação é mais grave para os mais pobres porque, além do descontrole no preço do gás e dos combustíveis, há ainda o fato de que o salário mínimo não tem se valorizado como antes.
Até 2019, o salário mínimo era corrigido com base na inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A fórmula tinha o objetivo de garantir que o mínimo tivesse aumento real — ou seja, acima da inflação — todos os anos. Mas a partir de 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro na Presidência, o cálculo passou a levar em conta somente a inflação, descartando as variações do PIB. Com isso, o salário mínimo não tem aumento real (acima da inflação) há três anos.
Quem ganhou um salário mínimo (R$ 1.212) em maio teve que comprometer até 13,2% de sua renda mensal para comprar um botijão de gás de 13 kg, cujo preço máximo está em R$ 160 desde março. O custo proporcional é o maior registrado em 16 anos e, em valor absoluto, é o mais caro já cobrado no país. A aumento no preço do gás de cozinha disparou durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), levando muitas pessoas a retomarem o uso de fogões a lenha.
A última vez em que os brasileiros precisaram comprometer tanto do salário para adquirir um botijão de gás foi em 2006, quando o valor mais alto correspondia a 15% do salário mínimo da época (R$ 300). O levantamento usa como base os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que faz pesquisas semanais de preços dos combustíveis desde 2001, e do histórico de valores do salário mínimo mantido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A carestia é mais uma promessa não cumprida pelo atual governo. Em 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu cortar o preço do gás de cozinha pela metade — uma redução que viria a partir da abertura desse mercado no Brasil. Desde então, porém, o preço do botijão já acumula alta de mais de 60%.
Especialistas avaliam que o problema é fruto de um erro estratégico. O governo não levou em consideração o papel social do gás de cozinha, que merecia uma política de preços diferente daquela adotada para outros derivados de petróleo.
SALÁRIOS BAIXOS
A situação é mais grave para os mais pobres porque, além do descontrole no preço do gás e dos combustíveis, há ainda o fato de que o salário mínimo não tem se valorizado como antes.
Até 2019, o salário mínimo era corrigido com base na inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A fórmula tinha o objetivo de garantir que o mínimo tivesse aumento real — ou seja, acima da inflação — todos os anos. Mas a partir de 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro na Presidência, o cálculo passou a levar em conta somente a inflação, descartando as variações do PIB. Com isso, o salário mínimo não tem aumento real (acima da inflação) há três anos.
Quem ganhou um salário mínimo (R$ 1.212) em maio teve que comprometer até 13,2% de sua renda mensal para comprar um botijão de gás de 13 kg, cujo preço máximo está em R$ 160 desde março. O custo proporcional é o maior registrado em 16 anos e, em valor absoluto, é o mais caro já cobrado no país. A aumento no preço do gás de cozinha disparou durante o governo do presidente Jair Bolsonaro (PL), levando muitas pessoas a retomarem o uso de fogões a lenha.
A última vez em que os brasileiros precisaram comprometer tanto do salário para adquirir um botijão de gás foi em 2006, quando o valor mais alto correspondia a 15% do salário mínimo da época (R$ 300). O levantamento usa como base os dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), que faz pesquisas semanais de preços dos combustíveis desde 2001, e do histórico de valores do salário mínimo mantido pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
A carestia é mais uma promessa não cumprida pelo atual governo. Em 2019, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu cortar o preço do gás de cozinha pela metade — uma redução que viria a partir da abertura desse mercado no Brasil. Desde então, porém, o preço do botijão já acumula alta de mais de 60%.
Especialistas avaliam que o problema é fruto de um erro estratégico. O governo não levou em consideração o papel social do gás de cozinha, que merecia uma política de preços diferente daquela adotada para outros derivados de petróleo.
SALÁRIOS BAIXOS
A situação é mais grave para os mais pobres porque, além do descontrole no preço do gás e dos combustíveis, há ainda o fato de que o salário mínimo não tem se valorizado como antes.
Até 2019, o salário mínimo era corrigido com base na inflação do ano anterior, medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), e na variação do PIB (Produto Interno Bruto) de dois anos antes.
A fórmula tinha o objetivo de garantir que o mínimo tivesse aumento real — ou seja, acima da inflação — todos os anos. Mas a partir de 2019, primeiro ano de Jair Bolsonaro na Presidência, o cálculo passou a levar em conta somente a inflação, descartando as variações do PIB. Com isso, o salário mínimo não tem aumento real (acima da inflação) há três anos.
Eduardo Ramos – Da Redação (com UOL)



