OMS lança campanha de um ano para ajudar 100 milhões de pessoas a pararem de fumar

A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou na última terça-feira (8) uma campanha mundial com duração de um ano para o Dia Mundial Sem Tabaco de 2021 – intitulada "Comprometa-se a parar de fumar durante a COVID-19".

O novo desafio da OMS via WhatsApp (Quit Challenge) e a publicação "101 razões para parar de fumar" marcam o início da campanha.

A pandemia da COVID-19 levou milhões de usuários de tabaco a quererem largar o cigarro. A campanha apoiará pelo menos 100 milhões de pessoas em uma tentativa de parar de fumar por meio de comunidades de fumantes.

A campanha "Comprometa-se a parar de fumar durante a COVID-19" ajudará a criar ambientes mais saudáveis que conduzam ao abandono do tabaco, defendendo políticas fortes para a cessação do tabagismo; aumentar o acesso aos serviços de cessação; aumentar a conscientização sobre as táticas da indústria do tabaco e capacitar os usuários de tabaco a tentarem de forma bem-sucedida parar de fumar por meio de iniciativas "Quit & Win".

Junto com seus parceiros, a OMS criará e construirá comunidades digitais onde as pessoas poderão encontrar o apoio social do qual precisam para largar o fumo. O foco estará em países com alta carga*, onde vive a maioria dos usuários de tabaco do mundo.

A OMS dá boas-vindas a novas contribuições de parceiros, incluindo empresas do setor privado que ofereceram suporte, como Allen Carr’s Easyway, Amazon Web Services, Cipla, Facebook e WhatsApp, Google, Johnson & Johnson, Praekelt e Soul Machines.

Parar de fumar pode ser desafiador, especialmente com o estresse social e econômico adicional que surgiu como resultado da pandemia.

Em todo o mundo, cerca de 780 milhões de pessoas dizem querer parar de fumar, mas apenas 30% delas têm acesso às ferramentas que podem ajudá-las a fazer isso.

Juntamente com seus parceiros, a OMS fornecerá às pessoas informações atualizadas, ferramentas e recursos de que precisam para fazer uma tentativa bem-sucedida.

De acordo com o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, "fumar mata oito milhões de pessoas por ano, mas se as pessoas precisarem de mais motivação para largar o vício, a pandemia fornece o incentivo certo".

A OMS divulgou um resumo científico no início deste ano mostrando que os fumantes têm maior risco de desenvolver doença grave e morte por COVID-19.

O tabaco também é um importante fator de risco para doenças crônicas não transmissíveis, como doenças cardiovasculares, câncer, doenças respiratórias e diabetes. Além disso, as pessoas que vivem com essas condições são mais vulneráveis a desenvolver um quadro grave da COVID-19.

Ferramentas de cessação globais e regionais serão lançadas como parte da campanha. Florence, a primeira profissional de saúde digital da OMS, está disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana, para ajudar as pessoas a pararem de fumar.

Essa ferramenta é oferecida atualmente em inglês e em breve será lançada nos 6 idiomas oficiais da organização (árabe, chinês, francês, russo e espanhol).

Segundo o diretor de Promoção da Saúde da OMS, Ruediger Krech, "milhões de pessoas em todo o mundo querem parar de fumar – agora é o momento certo para investir em serviços integrais de cessação de nível populacional".

Ele explicou que "a OMS chama todos os governos a garantirem que seus cidadãos tenham acesso a aconselhamentos rápidos, linhas diretas gratuitas, cessação virtual e outros serviços digitais, terapias de reposição de nicotina e demais ferramentas que comprovadamente ajudam as pessoas a pararem de fumar".

Serviços sólidos de cessação melhoram a saúde, salvam vidas e economizam dinheiro.

*Os países foco da campanha são:
República Democrática de Timor-Leste República Federal Democrática da Etiópia República Federal da Alemanha República Federal da Nigéria República Federativa do Brasil Reino Haxemita da Jordânia República Islâmica do Irã República Islâmica do Paquistão República Popular de Bangladesh República Popular da China República da Índia República da Indonésia República das Filipinas República da Polônia República da África do Sul República do Suriname República da Turquia Federação Russa República Socialista do Vietnã Estados Unidos Mexicanos Estados Unidos da America Ucrânia.

 

Fonte: ONU

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