Saúde retoma atendimentos eletivos em odontologia

A Secretaria Municipal de Saúde retomou os atendimentos eletivos na odontologia. Em função da pandemia de Covid-19, no dia 23 de março do ano passado, a Saúde suspendeu os serviços eletivos com a manutenção apenas dos atendimentos de urgência e emergência em odontologia.
A medida foi adotada porque os serviços realizados pelos cirurgiões-dentistas e suas equipes aumentam a chance de contaminação e disseminação do novo coronavírus. Isso acontece porque o profissional tem contato com a saliva e com respingos e aerossóis, que são partículas minúsculas ficam em suspensão no ar do consultório.
O atendimento foi retomado em 32 unidades de saúde, com exceção das unidades do projeto Sentinela, que atendem exclusivamente pacientes em tratamento e com sintomas de Covid-19. As unidades Sentinelas funcionam no Posto de Saúde da Família (PSF) Parque das Rosas e Margaridas, Cidade de Deus, Vila Rica, Vila Olinda e Policlínica Itamaraty.
No entanto, a Secretaria de Saúde explica que como a cidade continua com o número elevado de casos de Covid-19, os tratamentos eletivos não serão agendados com objetivo de evitar a aglomeração de pessoas nos postos de saúde e assim, maior disseminação da doença. A orientação é para que o paciente que necessite de tratamento dentário e que não se enquadre em casos de urgência e emergência procure uma das unidades de saúde que contam com o serviço na forma de livre demanda.
Emergências
A Saúde explica que as emergências odontológicas são sangramentos não controlados; infecções bacterianas difusas com aumento de volume (edema) de localização intraoral e extraoral e potencial risco de comprometimento da via aérea do paciente; e, traumatismo envolvendo os ossos da face, com potencial comprometimento da via aérea.
As emergências são casos que potencializam o risco de morte de pacientes.
Urgências
São classificadas como urgências a dor odontológica aguda; alveolite pós-operatória, controle ou aplicação medicamentosa local; remoção de suturas; abcessos dentário ou periodontal ou infecção bacteriana, resultado em dor localizada e edema; e, fratura de dente que resulte em dor ou cause trauma no tecido mole bucal.
Também são urgências o tratamento odontológico prévio a procedimento médico crítico; cimentação ou fixação de coroas ou próteses fixas se a restauração definitiva estiver solta, perdida, quebrada ou ainda causando dor ou inflamação gengival; biópsia ou alterações anormais do tecido bucal, ajuste ou reparo de próteses removíveis que estejam comprometendo a mastigação ou causando dor; cáries extensas ou restaurações com problemas que causem dor; necroses orais com dor e secreção purulenta; e, por fim, trauma dentário com avulsão ou luxação.
As urgências determinam prioridade para o atendimento, porém não potencializam o risco de morte.
Procedimentos não urgentes e eletivos
Entre os procedimentos que não se classificam como urgentes estão consultas iniciais de rotina ou manutenção, que incluem limpezas e radiografias de rotina; restauração dentes com lesões cariosas assintomáticas e cirurgias eletivas (extração de dentes e cirurgias periodontais sem sintomas, implantes, cirurgias ortognáticas e demais cirurgias que não estejam relacionadas às urgências e emergências).