Disputa para prefeito ainda vive indefinição

Os bastidores para a disputa eleitoral para o cargo de prefeito de Rondonópolis estão vivendo um momento de grande tensão, em razão do prazo curto para as convenções e a indefinição dos grupos. Pelo menos um fato já se pode concluir; o sonho de candidato único já acabou e ao que tudo indica são grandes as possibilidades do processo eleitoral contar com três ou mais candidatos, mantendo a tradição de poucas disputas polarizadas na história da cidade.
Nas eleições passadas, por exemplo, houve três candidatos, o atual prefeito Percival Muniz, o então prefeito Ananias Martins, e o ex-vereador José Ferreira Lemos Neto, o Juca Lemos. Nas eleições de 2008, ao contrário das demais, o processo foi polarizado entre Adilton Sachetti e Zé Carlos do Pátio. O processo de 2004, por exemplo, contou com quatro candidatos, Sachetti, que venceu aquelas eleições, Wellington Fagundes, Zé do Pátio e o advogado Carlos Ihamber. Em 2000, Percival se reelegeu em cima de Wellington e do próprio Ihamber, no processo de 1996, a disputa foi entre o médico Alberto de Carvalho (que foi eleito), Augustinho de Freitas e Edmilson Paulista Martins, Antônio Carlos Máximo.
No entanto, apesar da tendência de muitos candidatos, os próprios partidos vivem um momento de muita indefinição.
Prova disso está no PSDB, o partido já deixou claro que tem três caminhos a seguir, o primeiro é lançar projeto próprio, no caso, o vice-prefeito Rogério Salles ou o vereador Rodrigo da Zaeli, o segundo é apoiar o prefeito Percival Muniz e o terceiro é ir de encontro ao bloco do deputado Zé do Pátio. Dentro da sigla o clima é tenso em razão da demora da definição.
O mesmo dilema vive o PSD, que trabalha com projeto de candidatura própria com o nome do senador José Medeiros ou dos ex-presidente da Câmara, Ibraim Zaher. O partido ainda estuda apoiar o próprio Rogério, Percival ou até mesmo lançar um nome a vice de Zé do Pátio.
Por outro lado, o PSB do deputado federal Adilton Sachetti, caminha para uma articulação com o PSD ou com o PSDB, ficando mais distante de Percival Muniz e Zé Carlos do Pátio.
Pátio, no entanto, namora tanto o PSDB como o PSD, para as duas siglas ele tem aberto a possiblidade de indicar um vice para compor o seu projeto de voltar ao poder.
O prefeito Percival segue o mesmo rumo, mas o alvo principal é o PMDB, onde pode lançar uma dobradinha com Fulô. Por outro lado, não descarta de forma alguma a repetição de uma composição com Rogério Salles, aos moldes do processo eleitoral de 2012.
Vale destacar que nenhum dos quatro nomes falam de forma clara que são pré-candidatos a prefeito, todos mantêm o mesmo discurso, de que ainda é cedo para se definir e falar abertamente em eleições.
Está claro dentro dessa leitura que a definição das composições para as eleições majoritárias somente se fecharão no dia 5 de agosto, o prazo final para a realização das convenções partidárias.



