Dois senadores de Rondonópolis vão compor comissão de impeachment

Os senadores Wellington Fagundes (PR) e José Medeiros (PSD) vão integrar a comissão especial que irá analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no Senado.
A definição por Wellington foi feita pelo bloco Moderador, composto pelos partidos PTB, PR, PSC, PRB e PTC, que têm direito a duas vagas. O outro indicado para a Comissão Especial é o senador Zezé Perrela (PTB-MG) como titular e Eduardo Amorim (PSC) e Magno Malta (PR) como suplentes.
Já no caso de Medeiros, a definição é do bloco composto pelo PSD e PP, chamado Democracia Progressista. O nome dele, porém, ainda não foi oficializado à Mesa do Senado.
“Não trago a esta comissão um julgamento pré-estabelecido. Sei das aspirações das ruas, conhecemos o momento que o país está vivendo e também a responsabilidade que teremos pela frente”, disse Wellington, que é vice- líder do Governo no Congresso.
Até o momento, da bancada de Mato Grosso, somente o senador Blairo Maggi não deve fazer parte da comissão.
Composição
Em reunião na manhã de terça-feira (19), os líderes dos partidos no Senado definiram quantas vagas cada bloco partidário terá direito na comissão especial de 21 senadores que será instalada na Casa. A instalação deve ocorrer na próxima terça (26).
Os senadores decidiram que a divisão das vagas será feita por blocos partidários, e não por partidos, como ocorreu na Câmara dos Deputados.
Os blocos Democracia Progressista (PP, PSD) e Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PcdoB e Rede), ambos com dez integrantes cada um, poderão indicar três titulares cada para a comissão.
Apesar de também ter dez senadores, o bloco Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC) acabou ficando com apenas duas indicações.
Impeachment de Dilma
A presidente Dilma é acusada de ter cometido crime de responsabilidade devido à edição de decretos de créditos suplementares ocorridos em 2015 sem a devida autorização do Legislativo.
Crédito suplementar é um tipo de crédito adicional destinado ao reforço de dotação já existente no orçamento. É autorizado por lei e aberto por decreto do Executivo.
O pedido de impeachment foi protocolado na Câmara em outubro do ano passado pelos juristas Miguel Reale Júnior, Hélio Bicudo e Janaína Pachoal, e aprovado no último domingo, 17.