EDITORIAL

EDITORIAL: Não pode ser normal

Uma semana, cinco mortes no trânsito, essa manchete é assustadora em qualquer jornal do país. Mas, aqui em Rondonópolis, virou algo “normal”, quase corriqueiro. Essa normalização do caos no trânsito é grave, extremamente perigosa e precisa, sim, de uma solução a curtíssimo prazo.

Para enfrentar o problema, não existe “vara de condão” nem mágica. É necessária a junção de pelo menos três vertentes: fiscalização, educação e punição.

A primeira está diretamente ligada à última: sem fiscalização não há punição ao motorista infrator. O Poder Público precisa, com urgência, intensificar blitzes no trânsito. A implantação do pátio de busca e apreensão de veículos é um passo importante, mas insuficiente. É preciso mais: criar uma estrutura de fiscalização realmente efetiva nas ruas.

Talvez seja a hora de o município propor, junto ao Governo do Estado e à Polícia Militar, a criação de um Batalhão de Trânsito exclusivo para atender as demandas da cidade. A presença da PM nas ruas, fiscalizando e organizando o tráfego, seria um fator decisivo para tornar as vias mais seguras.

A Polícia Militar tem expertise em fiscalização e condições de realizar blitzes com muito mais eficiência do que qualquer outro órgão de segurança pública local. Além disso, já passou da hora de a fiscalização ser rigorosa com abusos cotidianos: furar sinal de trânsito, estacionar em local proibido ou invadir preferenciais parecem ter se tornado hábitos culturais que precisam ser combatidos.

Outro ponto é a fiscalização eletrônica, que deve ser vista como um “mal necessário”. Ela не substitui a efetividade de uma blitz, capaz de identificar e retirar de circulação motoristas alcoolizados, mas ajuda a controlar a velocidade de carros e motos nas ruas.

Por fim, o trânsito precisa estar dentro das escolas. É fundamental que as crianças aprendam desde cedo, para que no futuro sejam adultos mais prudentes e responsáveis no trânsito.

Portanto, é urgente investir em educação, fiscalização e punição. Caso contrário, todos já sabemos qual será o desfecho: mais vidas perdidas em nossas ruas.

Fonte: Da Redação

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