Eleições 2022 pode ser igual a de Rondonópolis para prefeito

O processo eleitoral de 2022, que vai culminar com a escolha do novo Presidente da República, tem tudo para ser semelhante ao que ocorreu no processo de 2020, quando a população de Rondonópolis escolheu o novo prefeito da cidade; no caso, reelegeu o prefeito Zé Carlos do Pátio (SD).
Pátio entrou naquele processo eleitoral, uma boa rejeição parte do eleitorado, mas isso não quis dizer que ele iria perder a eleição; Pois por um lado também havia uma parcela considerável de eleitores que não abria mão de votar no prefeito de Rondonópolis então candidato à reeleição.
Por outro lado, o volume de opositores a Pátio era muito grande; tanto é verdade que sete candidatos colocaram o nome na disputa para enfrentar o prefeito. O número de pessoas que entraram para disputar o cargo máximo em Rondonópolis foi recorde se comparada às últimas eleições.
Na História de Rondonópolis, somente as eleições de 1982 tiveram tantos candidatos.
Pátio venceu as eleições do ano passado, muito pela sua competência política e também administrativa, mas também pela desorganização dos seus adversários.
A oposição ao prefeito não conseguiu em nenhum momento naquele processo eleitoral, apresentar o nome é viável eleitoralmente, e com reais condições de enfrentar Pátio.
Para piorar ainda mais a situação da oposição, não houve União em torno de um único nome, e essa divisão com toda certeza ajudou o prefeito de Rondonópolis a consolidar o seu projeto de reeleição.
Foi como se ele estivesse numa estrada asfaltada com pista dupla e seus adversários numa estrada de chão, esburacada, Pátio chegou primeiro pela sua competência e também pelo trajeto que teve que enfrentar durante o período eleitoral.
A situação do Presidente da República Jair Bolsonaro, no que tange o processo eleitoral do ano que vem, não é muito diferente.
Bolsonaro tem rejeição por parte do eleitorado, e também muitos adversários. Mas, também tem uma legião de admiradores e pessoas estão dispostas a levar Bolsonaro à reeleição a todo e qualquer custo.
O problema é justamente esse, os muitos adversários de Bolsonaro não estão organizados a ponto de enfrentá-lo.
Pelo quadro que se desenha, não surgiu pelo menos entre os opositores do atual presidente da República, um nome realmente de peso, que tenha tamanho, e condições de fazer um enfrentamento nas urnas.
Desta forma, Bolsonaro pode dominar o processo do ano que vem de forma tranquila; assim como o prefeito de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio dominou o processo do ano passado.
Não estamos dizendo aqui que é eleição do ano que vem vai ser WO; nada disso, estamos dizendo é que o atual presidente da República até o momento, não tem o adversário do seu tamanho, e a oposição ao seu nome está desorganizada.
O governador de São Paulo João Dória Júnior; o apresentador de televisão Luciano Huck; o ex-ministro da Justiça, Sérgio moro; o ex-candidato a presidência da República, Fernando Haddad, o também candidato a presidente da República, Ciro Gomes, são os nomes que estão colocados; mas nenhum desses nomes ainda tem o tamanho para enfrentar Jair Bolsonaro nas urnas.
Eles não chegam perto do tamanho de Bolsonaro, por dois motivos; o primeiro é que não há uma organização em torno desses nomes a ponto de colocá-los frente a frente com o presidente, e o segundo motivo é que dificilmente haverá tempo para que seja construído um projeto de Poder.