Prévia do IGP-M mostra deflação em agosto
Após fortes altas, o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) registrou taxa negativa na segunda prévia de agosto, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (20) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O indicador, usado para calcular o reajuste da maioria dos contratos de aluguel, ficou em –0,12%, ante 1,79% no mesmo período de julho.
A taxa negativa foi puxara pelos preços por atacado, que registraram deflação de 0,44% no período. Na segunda prévia do mês anterior, a variação alcançou 2,28%. O corte por origem mostra que a queda foi puxada pelos produtos agrícolas, cujos preços recuaram, em média, 3,86%, depois de subir 3,83%. A taxa dos produtos industriais recuou de 1,69% para 0,92%.
Entre os componentes do Índice de Preços por Atacado, as maiores influências de baixa vieram de produtos alimentícios. A soja em grão recuou 11,23%, enquanto o tomate caiu, em média, 22,92%. Tiveram taxas negativas também o milho em grão (-8,93%), o trigo em grão (-13,26%) e o leite in natura (-3,26).
Preços ao consumidor e construção
A inflação também recuou para o consumidor, embora tenha mantido taxas positivas. O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) passou de 0,54% para 0,21%. Destaque para o grupo alimentação, cuja taxa passou de 1,27%, em julho, para -0,34%, em agosto. Nesta classe de despesa, desaceleraram as taxas de carnes bovinas (de 5,87% para -0,41%), hortaliças e legumes (de -0,79% para -5,03%), arroz e feijão (de 4,99% para -0,67%) e laticínios (de 1,13% para -0,73%).
Também seguiram trajetórias descendentes as taxas dos grupos educação, leitura e recreação (de 0,27% para 0,03%), transportes (de 0,16% para 0,08%), vestuário (de -0,10% para -0,14%) e saúde e cuidados pessoais (de 0,55% para 0,52%).
Já os grupos habitação (de 0,23% para 0,74%) e despesas diversas (de 0,22% para 0,54%) apresentaram acréscimos em suas taxas de variação.
Terceiro componente do IGP-M, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) apresentou, no segundo decêndio de agosto, taxa de 1,32%, ante 1,34%, no segundo decêndio de julho. A taxa do índice relativo a materiais e serviços avançou de 1,55%, na apuração de julho, para 2,18%, em agosto. O índice que capta o custo da mão-de-obra registrou variação de 0,35%, em agosto, ante 1,11%, em julho.
G1 -ECONOMIA