Equipe da Saúde alerta que houve redução da remessa de doses do soro antiofídico

Com a redução da remessa de doses do soro antiofídico pelo Governo Federal, a equipe do Departamento de Vigilância Epidemiológica de Rondonópolis orienta a população a adotar medidas de prevenção para evitar acidentes com animais peçonhentos, principalmente serpentes. A preocupação é com o risco de acidentes que é maior neste período do ano em que se registra muita chuva e temperatura alta, em Mato Grosso.
Maria Auxiliadora Satelis Taques – gerente da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Município – recomenda que as pessoas usem botas quando forem para a zona rural e adotem luvas de proteção ao mexer com entulhos. “Precisamos ser cautelosos e ter iniciativas que possam prevenir os acidentes com animais peçonhentos. Essas medidas vão ajudar a evitar picadas de cobras, escorpiões e aranhas”, orienta a gestora.
Edgar Prates – gerente do Departamento de Saúde Coletiva – explica que a redução da remessa de soros antiofídicos acontece a cerca de um ano, devido a iniciativa dos laboratórios fazerem ao mesmo tempo as adequações exigidas pela Organização Mundial de Saúde – OMS e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa. O que provocou a diminuição da produção. Com isso, o Governo Federal precisou reduzir a remessa do remédio para todas as cidades brasileiras.
Desde então, a equipe do Pronto Atendimento – PA trabalha com quantidade reduzida de doses de soro. O menor estoque é o do soro específico para combater o veneno de serpentes, como a jararaca que é comum na região. Edgar contou que no último domingo havia seis doses deste soro no PA. E o município precisou remanejar quatro doses para atender um paciente acidentado em Campo Verde. Na madrugada seguinte o PA acolheu uma pessoa acidentada na zona rural de Rondonópolis e ministrou as últimas duas doses neste paciente.
No mês de novembro do ano passado foi registrado um acidente entre os pacientes que passaram pelo PA e em dezembro foram outros três. “Nos preocupamos com a redução do estoque de soro porque este é o período que mais se registra acidentes com serpentes e o remédio pode faltar. Por isso alertamos que a população saiba se prevenir para evitar picadas de animais peçonhentos”, alerta Edgar Prates.