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Falta de consciência no trânsito aumenta acidentes com mortes em Rondonópolis

A morte de dois jovens em acidentes no perímetro urbano no último fim de semana reacendeu o sinal de alerta sobre a violência no trânsito em Rondonópolis. Nos dois casos os indícios apontam que os condutores estavam em alta velocidade e não respeitaram as placas de sinalização.

A primeira vítima foi a enfermeira Anne Caroline Cavalcante de Oliveira, de 37 anos, que morreu na noite de sábado na Avenida dos Estudantes. Ela era passageira e foi arremessada para fora de um veículo que ‘rampou’ na rotatória que dá acesso ao Parque São Jorge. Na noite de domingo Valdeir Rocha, de 28 anos de idade, também morreu após perder o controle da moto numa curva na Rodovia do Peixe.

O secretário municipal de trânsito, Lindomar Alves, esteve nos locais dos acidentes. Ele disse que não é possível afirmar se os condutores haviam consumido bebida alcoólica, mas considera inquestionável que nas duas situações os condutores estavam em alta velocidade.

“As marcas na rotatória da Avenida dos Estudantes não deixam dúvidas. O veículo voou sobre a rotatória, capotou várias vezes e a jovem, que era passageira, foi projetada para fora e aparentemente foi esmagada pelo próprio veículo. Tudo indica que a velocidade também foi a causa principal do acidente na Rodovia do Peixe que é muito sinuosa. Ali o condutor que não tem habilidade, perícia ou mesmo por falta de atenção pode ser jogado fora da pista”, explicou.

Lindomar disse que o município tem se esforçado para fazer a sinalização horizontal e também reforçou a colocação de placas visando orientar e alertar os condutores. Porém, muitas vezes os sinais são ignorados levando à acidentes graves.

“Nós pedimos muito que as pessoas respeitem os limites de velocidade da via, seja urbana ou rural, que respeitem à sinalização e também dirijam de forma defensiva. Agindo assim você reduz o risco de acidente e, se isso ocorrer, a probabilidade de resultar em ferimentos graves ou morte será muito pequena”, ressalta.

O comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel Gleber Cândido, também avalia que a conscientização dos condutores é fundamental para prevenir acidentes e reduzir os números de mortos e feridos no trânsito.

“A PM tem feito sua parte, mas não consegue estar em todos os locais ao mesmo tempo e a irresponsabilidade acaba por causar diversos acidentes”, destaca.

Conforme o comandante nos finais de semana a situação piora devido à mistura de álcool e direção. Cândido disse que a corporação aumentou as fiscalizações para coibir esse e outros tipos de infrações. Porém, o sucesso do trabalho desenvolvido pelas autoridades públicas depende do envolvimento de todos.

“Tem gente que acha, por exemplo, que o quebra-mola é a solução para resolver o problema dos acidentes e isso é falso. Muitas rotatórias tem quebra-molas e mesmo assim os acidentes acontecem. Se a pessoa está com excesso de velocidade rampa o quebra-molas, não consegue contornar a rotatória e o acidente acontece. Então precisamos que as pessoas tenham responsabilidade”, destaca.

CAMPANHA

Paralelo às ações de reforço da sinalização e da fiscalização, o município tem também promovido regularmente campanhas de conscientização patrocinadas pelo Poder Público e pela iniciativa privada. A mais recente foi lançada pela Câmara Municipal, com peças publicitárias veiculadas nas emissoras de TV, rádio e também nas mídias impressa e online.

A campanha (veja vídeo abaixo) chama a atenção para hábitos simples que são exigências legais e podem salvar vidas. As mensagens citam o uso do capacete por motociclistas, o respeito aos limites de velocidade e os riscos causados pelo uso do celular ou pelo consumo de bebidas antes de dirigir.

“Precisamos mudar a nossa forma de agir no trânsito. Além de perder vidas preciosas, esses acidentes sobrecarregam as unidades de saúde e muitas vezes causam até invalidez permanente. São tragédias que podem ser evitadas com um comportamento mais consciente”, diz o presidente da Câmara Roni Magnani.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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