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SENAI terá tecnologia italiana para aperfeiçoar produção de móveis

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O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) obterá tecnologia e capacitação do Centro Tecnológico de Madeira e Móveis da região de Marche (Cosmob), sediado em Pesaro, na Itália, para desenvolvimento de novos produtos e processos de produção. A parceria, firmada nesta terça-feira, 20 de março, tem por objetivo consolidar, dentro do SENAI, uma rede de ecodesign, baseada na sustentabilidade ambiental para o atendimento da indústria brasileira de mobiliário em madeira.

Com execução dividida em quatro etapas, o contrato inclui a implantação de duas câmaras que ajudam no desenvolvimento de novos métodos de ensaios para certificar a emissão de formaldeídos (poluentes) e a implantação nas empresas do software Everdee, usado no monitoramento das etapas de fabricação de móveis e que permitirá a validação do seu caráter sustentável. Além disso, haverá capacitação de técnicos do SENAI em metodologias de planejamento e controles de produção e de qualidade e oficinas temáticas para representantes de empresas.

Com oferta de cursos e serviços na área de móveis, os Departamentos Regionais (DRs) do SENAI da Bahia, do Espírito Santo, de Mato Grosso do Sul, do Paraná e de Rondônia serão os principais beneficiados pelo contrato com o Cosmob, recebendo diretamente as tecnologias disponíveis na parceria. Com a incorporação de métodos de avaliação da sustentabilidade de produtos e da adequação a padrões internacionais, os cinco DRs poderão contribuir para que a indústria moveleira nacional se torne mais competitiva.

AGREGANDO VALOR – "A ideia do programa é que seja nacional, porque essa é uma indústria que opera em diversas unidades da federação e tem diferentes estágios em cada região", pontua o diretor-geral do SENAI, Rafael Lucchesi. "A indústria moveleira brasileira tem muito o que incorporar. E o papel do SENAI é, sobretudo, de agregação de valor, seja na qualificação do trabalhador, na oferta de serviços técnicos e tecnológicos ou na agenda de inovação", completa.

O diretor-geral do Cosmob, Alessio Gnaccarini, ressalta que a sustentabilidade é um dos principais fatores de agregação de valor para a economia. "Essa é a linha do futuro, para diferenciar o produto, para criar competitividade, para viabilizar a manutenção do próprio produto e do mundo. Por isso, a nossa estrutura investiu muito nesse tipo de tecnologia nos últimos anos", diz. O Cosmob tem parcerias semelhantes com países no norte da África, China e Rússia.

A demanda por novas tecnologias na produção moveleira surgiu da própria indústria e de técnicos do SENAI que atendem o setor. "Nós observamos as várias exigências que os países importadores estabelecem e começamos a pesquisar instituições que poderiam nos ajudar. Como a Itália é uma referência no assunto, chegamos ao Cosmob e sugerimos a parceria ao Departamento Nacional do SENAI, que comprou a ideia", conta Marco Secco, diretor regional do SENAI do Paraná.

EXPORTAÇÃO – "Investir na sustentabilidade da produção é uma forma de qualificar os móveis nacionais para exportação, mas também para as novas exigências do mercado interno. A grande questão dessa parceria é o investimento na análise do ciclo de vida do produto, que será feito por um software livre", ressalta Secco. "Mas, antes de usá-lo no Brasil, teremos de 'tropicalizá-lo', ou seja, adaptá-lo à realidade da produção do país", explica, ao anunciar a customização do Everdee para uso na indústria brasileira.

As etapas do projeto já começam a ser desenvolvidas esta semana. Nesta quarta-feira, representantes dos Departamentos Regionais do SENAI e de sindicatos ligados à produção moveleira se reúnem em Curitiba para detalhar a proposta da parceria. Os cursos ocorrerão no Brasil e na Itália. A parceria com o Cosmob tem prazo de dois anos.

Participaram também da assinatura do contrato o diretor-adjunto de Educação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Sérgio Moreira, a gerente-adjunta de Relações Internacionais da Diretoria de Educação da CNI, Francy Teixeira, e o gerente do Laboratório de Tecnologia do Cosmob, Francesco Balducci.

Fonte: CNI

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