Rondonópolis dobrou registro de novas empresas entre 2017 e 2019

Há muito o que comemorar quando o assunto é abertura de empresas na cidade. De acordo com relatório do Centro de Atendimento Empresarial (CAE) do Departamento de Fomento das Micro, Pequenas e Médias Empresas da Prefeitura de Rondonópolis, entre 2017 e 2019 foram 3.408 empresas de pequeno, médio e grande porte criadas no município. Paralelamente, entre 2014 e 2016 foram instituídas 1.994 empresas com perfis que se enquadram nesse grupo.
Ano a ano, em 2014 foram 623, 2015 totalizou 639 e 2016 fechou com 732 novas empresas. Os três anos seguintes contabilizam uma curva ascendente de 986 empresas geradas em 2017, 1.080 em 2018 e 1.342 em 2019.
Em percentuais, o surgimento de empresas em Rondonópolis registrou um aumento de 2,57% entre 2014 e 2015 e de 14,55% entre 2015 e 2016. No intervalo entre 2016 e 2017, período que marca a mudança de gestão, o incremento foi de 34,70%. Já entre 2017 e 2018 a planilha aponta um acréscimo de 9,53% e entre 2018 e 2019 de 24,26%.
“Se formos avaliar o número de empresas dessas categorias fundadas nos três últimos anos da Administração passada e compararmos com os três primeiros anos da atual Administração, percebemos que, percentualmente, o triênio recente registra mais que o dobro de empresas abertas nesse período, com um crescimento significativo de 36,11% em relação a 17,50% no outro”, observa Jarmes de Sousa, que é gerente do Departamento de Fomento das Micro, Pequenas e Médias Empresas e coordenador do CAE.

Quando o enfoque é o microempreendedor individual (MEI), os números são ainda mais expressivos. Levantamento do CAE indica que, de 2014 a 2016, 2.157 pessoas se tornaram MEIs. Em 2014 foram 728, em 2015, 711, e, em 2016, 718. Contabilizando esses números em percentuais, aparece um saldo negativo de 1,37%.
Ao se colocar sob perspectiva a janela de tempo que vai de 2017 a 2019, verifica-se um cenário de 4.314 MEIs a mais no município. Transformando esses dados em percentuais, esse salto equivale a 96,37% MEIs que entraram em atividade nessa fase. Detalhando os anos envolvidos, 2017 atingiu a marca de 1.020, 2018 de 1.291 e 2019 de 2.003 MEIs constituídos.
“Na Gestão anterior, ao confrontarmos o primeiro ano da Administração com o segundo e este com o terceiro, podemos ver, na tabela, que não houve aumento de MEIs. Apesar do resultado de 2016 ser um pouco maior em relação à 2015, esse aumento é irrisório, correspondendo a 0,98%”, comenta Jarmes.
Ele aproveita para esclarecer como funciona a empresa de um MEI. “A peculiaridade do MEI é o regime jurídico, pois o microempreendedor individual tem um faturamento de até R$81 mil por ano e só pode ter um funcionário. E, como MEI, ele paga apenas a taxa do DAS, que lhe dá direito aos benefícios da Previdência Social”, explica Jarmes sobre o Documento de Arrecadação do Simples Nacional. É por meio das guias do DAS que o microempreendedor recolhe os impostos que, no caso do MEI, tem uma peculiaridade: são baixos e fixos, proporcionando um planejamento de gastos previsível e estável.
Como um agente propulsor que dá apoio àqueles que desejam se tornar microempreendedores individuais, o CAE tem proporcionado entrada no mundo dos negócios a potenciais empresários. Contudo, a intenção, segundo Jarmes, é que eles não parem por aí, mas progridam.
“Nosso objetivo ao auxiliarmos a abertura de uma empresa como MEI é dar oportunidade para o pequeno empresário. No entanto, esperamos que esse seja apenas o começo e que os microempreendedores individuais criem asas e cresçam”, compartilha o gerente e completa: “Como MEI o proprietário do negócio é patrão e empregado de si mesmo, podendo contratar somente um funcionário. Então, quando ele começa a progredir e seu faturamento aumenta, deixa de ser MEI e passa a ter uma microempresa ou uma empresa de pequeno porte”, destaca o gerente. Assim, com um faturamento maior, por um lado, o empreendedor pode contratar mais funcionários, e, por outro, seus encargos aumentam, já que ele tem uma margem de lucro maior”.
Apesar do CAE só realizar a formalização de MEIs, ele dá suporte a todo o segmento empresarial, que inclui também microempresas e empresas de pequeno, médio e grande porte. “Na microempresa, o faturamento é de até R$360 mil por ano. Há as pequenas empresas, que têm faturamento maior do que R$360 mil e até R$4,8 milhões anuais. As médias empresas devem ter um faturamento ao ano maior do que R$4,8 milhões e igual ou menor do que R$300 milhões. E as de grande porte têm faturamento superior a R$300 milhões por ano”, esclarece o coordenador do CAE.
