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Ucrânia pode usar mísseis dos EUA para atacar Rússia, alerta imprensa alemã

O fornecimento de sistemas de foguetes a Kiev pelos EUA está causando preocupação nas autoridades alemãs, escreve o jornal Die Zeit. De acordo com a publicação, a entrega de armas para a Ucrânia deve ser entendida como "um problema".

"Em Berlim, eles temem ações irracionais por parte de Kiev. Por exemplo, o uso de armas alemãs para atacar o território russo", escreve o jornal.

O jornal sustenta que as atuais ambições políticas de Vladimir Zelensky, de ampliar seus poderes, devem causar temor ao governo alemão à medida que o conflito com a Rússia se intensifica.

A publicação explica que embora a Constituição garanta a Zelensky uma posição forte no aparato político, "ele tenta pessoalmente cooptar as instituições de poder que dependem dele".

Com a chegada do novo pacote de ajuda militar norte-americano, no qual o governo de Joe Biden incluiu o Sistema de Foguetes de Artilharia de Alta Mobilidade M142 (Himars), as preocupações de um ataque direto à Rússia foram acesas no continente europeu.

A arma dispara foguetes de barragem com um alcance efetivo de cerca de 30 km, mas também pode implantar mísseis balísticos táticos que aumentam o alcance para até 300 km.

Nos últimos dias, segundo publicação do portal da RT, diversas autoridades ucranianas falaram que poderiam atacar a Crimeia com o Himars.

A embaixadora americana em Kiev, Bridget Brink, afirmou ontem (3) que as Forças Armadas ucranianas determinarão elas próprias o alcance dos sistemas Himars. Bridget Brink ainda reforçou o apoio americano à Ucrânia.

A Rússia considera a Crimeia parte integrante de seu território depois que a península votou esmagadoramente por se separar da Ucrânia e se juntar ao governo russo em um plebiscito de 2014.

A península, que antigamente formava parte da Ucrânia, decidiu fazer um referendo sobre a independência da região do país após o golpe de Estado realizado em Kiev no início de 2014.

Em março daquele ano, quase 97% da população da Crimeia decidiu deixar a Ucrânia e se reintegrar ao território da Federação da Rússia.

 

Sputnik Brasil

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