Rondonópolis na campanha de vacinação contra a paralisia infantil

No próximo dia 14/05 o município promove mais um “Dia D” da primeira etapa da Campanha Nacional de Multivacinação Infantil, que pretende imunizar 16.396 crianças menores de 5 anos contra a paralisia infantil. Cerca de 400 profissionais da saúde estarão trabalhando em 40 postos de vacinação no “Dia D”, da campanha que traz como slogan esse ano “Tem que vacinar, não pode bobear”. Os locais de vacinação serão as unidades de saúde distribuídas em toda a cidade, que farão horário de atendimento no sábado (14), das 8 às 17 horas.
A responsável pela Vigilância Epidemiológica, da Secretaria Municipal de Saúde, enfermeira Simone dos Santos, pede para que os pais ou responsáveis levem o cartão de vacina das crianças, para atualizar aquelas que estiverem em atraso. Segundo ela, as crianças que na data da campanha estiverem com sinais de gripe, resfriado, rinite, tosse ou diarréia também podem e devem tomar as gotinhas.
A vacina contra a pólio é segura e não traz contra-indicações e a prevenção da poliomielite começa pouco depois do nascimento. O bebê precisa tomar as primeiras doses da vacina aos 2, 4 e 6 meses de idade, com um reforço aos 15 meses. Mesmo tendo tomado as doses regulares, os especialistas recomendam o reforço da vacinação em todas as crianças menores de cinco anos durante as campanhas.
A paralisia infantil é uma doença infecto-contagiosa e provoca efeitos devastadores, deixando marcas na criança para o resto da vida. Era uma doença que acometia muitas pessoas no passado pela falta de cuidado com a vacinação, mas hoje a realidade é bastante satisfatória, pois a doença está erradicada no país desde 1989.
A conscientização de pais e responsáveis da necessidade de levar as crianças para tomarem as gotinhas da Sabin é a maior aliada para a erradicação da doença. Todos os anos o Ministério da Saúde repassa à população orientações sobre a campanha de vacinação na mídia nacional, chamando ao público-alvo da campanha que não deixe de participar.
A doença
O poliovírus se desenvolve na garganta ou nos intestinos e, a partir daí, espalha-se pela corrente sanguínea, ataca o sistema nervoso e paralisa os músculos das pernas. Em outros casos, pode até matar, quando o vírus paralisa músculos respiratórios ou de deglutição, como informa no site do Ministério da Saúde.
Para evitar que a criança seja acometida desse mal é preciso tomar a vacina. Todos os países ainda devem ter cuidados especiais com a doença, já que não existe tratamento para a poliomielite. Mesmo quem tomou as gotinhas na primeira ou segunda etapa da campanha de vacinação no ano passado, deve repetir a dose em 2007 caso tenha menos de 5 anos.
Embora o país não tenha registrado casos novos de poliomielite desde 1989, o poliovírus ainda pode ser reintroduzido no Brasil. A única forma de combater a doença é levando as crianças ao posto de vacinação para que sejam imunizadas. O vírus ainda é um problema em países como a Índia, Paquistão e Nigéria. Outros países ainda enfrentam casos da doença
No Brasil, as campanhas nacionais começaram em 1980 e não existem casos de pólio desde 1989. Naquele ano, o Ministério da Saúde começou a intensificar a cobertura das vacinações fora das campanhas e dos dias nacionais, que acontecem em junho e agosto. "Isso fez com que o Brasil erradicasse a pólio e evitasse novas transmissões", lembra o secretário Nacional de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa. Até a década de 70, antes das campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite, registravam-se cerca de dois mil casos da doença por ano no Brasil.
Mesmo com as ações de imunização e seus resultados positivos, as campanhas ainda são necessárias. O fluxo intenso de viajantes pelo mundo poderia trazer a doença de volta ao Brasil. O fato de países da África, Sudeste da Ásia e Mediterrâneo Oriental ainda não terem eliminado o vírus transmissor da poliomielite exige das nações que já erradicaram a paralisia infantil, como o Brasil, manter a vacinação contra a doença. (fonte: Ministério da Saúde).
Redação/Ascom