POLÍTICA

Aécio não vê crescimento da economia, enquanto petista e tucano discutem no Congresso

Embora esvaziado devido à chegada do Carnaval, o Congresso assistiu nos últimos dias a uma troca de críticas entre petistas e tucanos sobre o resultado do PIB de 2013, anunciado oficialmente nesta semana. Ministra da Casa Civil do governo Dilma Rousseff até o início do mês, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) foi à tribuna exaltar o crescimento anunciado de 2,3% e, repetindo Dilma, atacou aqueles a quem classificou de "pessimistas". Ouviu, no entanto, uma provocação tucano. Aécio Neves, já em plena campanha, criticou os números.
"A despeito do que muitos queriam, nosso PIB apresentou um resultado que surpreendeu a muitos, cresceu além do que os pessimistas de plantão estavam prevendo." No último dia 11, Dilma disse em discurso no interior de Mato Grosso que "os pessimistas de sempre" serão derrotados.
Em sua fala na tribuna, Gleisi disse ainda que alguns analistas de mercado e integrantes da oposição estariam agindo quase como que "torcedores" por um resultado menor. "Não há que se falar em "pibinho", frustração da economia."
A senadora teve sua fala aparteada pelo colega Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), hoje engajado na campanha do oposicionista Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência.
"Senhora senadora, existem dados objetivos: contentar-se com um aumento do PIB que na América Latina só fica à frente da Venezuela é, para mim, muito pouco."
Em nota, o presidenciável Aécio Neves (PSDB) disse que o resultado "não representa uma efetiva recuperação ou retomada do crescimento" e que é resultado dos "erros de política econômica que se acumulam nos últimos anos".
"É ainda importante destacar que, quando se olha os números trimestrais, o crescimento do investimento se concentrou na primeira metade de 2013 e já perdeu fôlego no segundo semestre do ano. A taxa de investimento, de 18,4% do PIB, continua abaixo para o padrão latino-americano, de mais de 20%", diz o tucano na nota.

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