Pedro Taques fala em vergonha da gestão Silval: “Foram para Portugal sonhar com o VLT”

“O ex-governador e algumas outras pessoas foram para Portugal sonhar com o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)”. Esta foi a frase usada pelo governador Pedro Taques (PSDB), nesta quarta-feira (09), para definir o processo de escolha e a troca do BRT (Bus Rapid Transit) para o VLT. O tucano ainda acrescentou que a gestão de Silval Barbosa (PMDB) foi uma “vergonha”, já que não conseguiu entregar o que foi prometido.
“Eu defendi desde o inicio a construção do BRT, mas o governador e algumas pessoas foram para Portugal sonhar com o VLT e transformaram o projeto de R$ 480 milhões em um de R$ 1,47 bilhão. Era para ficar pronto para a Copa do Mundo, mas por vergonha da administração passada, não ficou. Já foram pagos R$ 1,066 bilhão e apenas 16% da obra física está pronta”, disparou o chefe do Executivo.
Taques ainda acrescentou que é preciso fazer obras com responsabilidade: “Fazer obra meia boca não é a forma de governarmos o Estado. A maioria das obras do governo passado foi feita desta maneira, sem ter ao menos um projeto feito. O que eles fizeram? Compraram vagões e sistemas que custaram R$ 700 milhões e hoje estão parados no Centro de Manutenções, em Várzea Grande”.
“Se eu fosse irresponsável, daria um prazo de quando terminaremos. Mas entramos na Justiça para contratar uma consultoria, processo que está em andamento. Não sou técnico em VLT, precisamos de informações corretas a respeito do que foi feito com mais de R$ 1 bilhão. Temos uma diferença do que o Estado deseja pagar e o que o Consórcio exige. Quem vai decidir isto é a Justiça, depois desta consultoria feita”, explicou o governador.
O chefe do Executivo também comentou sobre os custos desta consultoria que será feita pelo governo: “Em dezembro, os resultados devem ser apresentados. O estudo deve custar R$ 4 milhões. Ao todo, serão quase R$ 6 milhões (reorganização de trânsito e consultoria). A Justiça determinou que o estado pode desembolsar esta quantia, mas ela será saldada pelo consórcio que está tocando a obra mais pra frente”.
“Precisamos sim, terminar o VLT. Mas não vamos fazer o mesmo que a administração passada fazia. O viaduto da Sefaz (Jamil Boutros Nadaf) foi entregue sem que houvesse condições de trafegabilidade. Me entregaram a obra 99% pronta, mas determinei que não se receba obra deste jeito. Depois de alguns dias, tudo foi concluído pelo Consórcio”, finalizou Taques.