Ícone do samba, Arlindo Cruz morre aos 66 anos no Rio de Janeiro

O Brasil se despediu, nesta sexta-feira (8), de um de seus maiores talentos: o músico, multi-instrumentista e compositor Arlindo Cruz morreu aos 66 anos. Ícone do samba e do pagode, o artista estava com a saúde debilitada desde 2017, quando sofreu um grave Acidente Vascular Cerebral (AVC) que encerrou sua carreira.
Em um comunicado nas redes sociais, a família confirmou o falecimento. “Arlindo parte deixando um legado imenso para a cultura brasileira e um exemplo de força, humildade e paixão pela arte”, diz a nota. A causa da morte foram complicações de uma pneumonia que ele tratava desde maio. Arlindo Cruz deixa a esposa, Bárbara, e os filhos Arlindinho e Flora.
Nascido em Madureira, berço do samba carioca, Arlindo Cruz iniciou sua carreira no início dos anos 80, nas rodas de samba do Cacique de Ramos, ao lado de lendas como Jorge Aragão e Almir Guineto. Ele se tornou célebre primeiro como compositor, com suas canções sendo gravadas por grandes nomes como Beth Carvalho e Alcione.
O reconhecimento nacional se consolidou quando ele se tornou integrante do grupo Fundo de Quintal, no qual permaneceu por 12 anos, até 1993. Em seguida, iniciou uma carreira solo de grande sucesso, marcada por álbuns em parceria com o músico Sombrinha e pelo aclamado DVD “MTV ao Vivo”, de 2009. Ao longo da carreira, foi indicado cinco vezes ao Grammy Latino e venceu dezenove disputas de samba-enredo em grandes escolas de samba.
A trajetória artística de Arlindo foi interrompida em março de 2017, quando sofreu um AVC hemorrágico. A doença deixou sequelas severas que o afastaram definitivamente dos palcos. Desde então, ele vivia sob os cuidados da família e passou por diversos tratamentos e internações. Seu último projeto foi “Pagode 2 Arlindos”, gravado com o filho Arlindinho no mesmo ano do AVC.
Fonte: Da Redação