POLÍTICA

José Medeiros diz que greve dos caminhoneiros é importante para refletir sistema de transportes do País

Brasília – Em pronunciamento, nesta segunda-feira (02.03), o senador José Medeiros (PPS-MT) disse acreditar que a greve dos caminhoneiros pode servir para que o País reflita sobre outros modelos de transportes para escoamento da produção de grãos. “Estamos com essa crise que nos traz oportunidade de refletir sobre o nosso sistema de transportes, sobre toda essa relação com a nossa infraestrutura. Somos um país dependente do setor de commodities, vivemos, praticamente, da exportação dessas commodities, mas precisamos ter corredores para isso”, destacou.

Para o senador, uma das possíveis soluções para o problema logístico brasileiro é a conclusão das obras da Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (FICO), que ligará todo o norte do estado de Mato Grosso até a Ferrovia Norte-Sul. “Seria um novo corredor muito importante para o estado, porque, hoje, depende-se basicamente da BR-364 e da BR-163. A nossa preocupação tem sido, desde que chegamos a esta Casa, justamente lutar e cobrar do governo soluções para que a nossa infraestrutura melhore”, frisou.

O senador afirmou que a FICO vai beneficiar diretamente os municípios de Cocalinho, Nova Nazaré, Água Boa, Canarana, Gaúcha do Norte, Paranatinga, Nova Ubiratã, Lucas do Rio Verde, Nova Maringá, Brasnorte, Sapezal, Campos de Júlio e Comodoro. “O objetivo é que ela continue rumo a Rondônia e Acre, e que possamos, dentro em breve, ter a Ferrovia Transcontinental e ter uma saída para o Pacífico”.

Valec – José Medeiros, durante o discurso, registrou audiência que teve na última semana com o presidente-interino da Valec – Engenharia, Construções e Ferrovias S/A, Bento José de Lima, e o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística de Mato Grosso, Edeon Vaz Ferreira, “justamente para cobrar agilidade nessa nova ferrovia”.

O senador afirmou que ficou bastante entusiasmado com o encontro na Valec, já que ouviu do presidente da estatal a proposta de um novo modelo de concessões, onde é possível a concorrência e o barateamento dos fretes. “O modelo atual é muito ruim e cito o exemplo de Rondonópolis, no Mato Grosso, onde temos a Ferronorte, em que o preço da tonelada transportada pelos vagões de trem é, basicamente, o mesmo preço da tonelada transportada pelo caminhão”.

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