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JUDICIÁRIO COMEÇA DIALOGAR COM A SOCIEDADE NO PROJETO DIÁLOGOS COM AS JUVENTUDES

A Escola Estadual Major Otávio Pitaluga (EEMOP), a maior escola estadual de Rondonópolis/MT e que completa 60 anos em 2025, recebeu, nesta quarta-feira (10) pela manhã, a oficina piloto do Projeto Diálogos com as Juventudes, que busca aproximar o Judiciário dos jovens brasileiros. A atividade foi conduzida pelo juiz Wanderlei José dos Reis, titular da 2ª Vara Especializada de Família e Sucessões, diretor do foro substituto e coordenador do CEJUSC da comarca de Rondonópolis e coordenador suplente do NUPEMEC. Mais de 100 estudantes do ensino médio participaram do encontro lotando o auditório da escola.


O projeto já havia sido inaugurado no mês de agosto pelo ministro Luís Roberto Barroso, em Cuiabá/MT, na Escola Liceu Cuiabano, ocasião em que a atividade foi conduzida pela juíza do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Jaqueline Cherulli.

Da Assessoria


Projeto Diálogos com as Juventudes foi idealizado pelo ministro Barroso e executado pelo programa Justiça Plural, uma iniciativa de cooperação internacional entre o CNJ e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), visando a engajar estudantes do ensino médio de escolas públicas em discussões sobre direitos humanos, acesso à justiça, arte, cultura, tecnologia, violência doméstica e racismo estrutural. Nas comarcas é executado por juízes escolhidos em função de seu perfil pelo CNJ.


Em Rondonópolis o projeto está sob a responsabilidade do juiz Wanderlei José dos Reis, para quem: “ele se reveste de grande importância na medida em que convida e exorta os adolescentes a refletirem sobre o seu papel na sociedade diante de temas importantíssimos do seu cotidiano e sobre as principais barreiras enfrentadas para acessar a justiça e se combater o racismo estrutural, por exemplo, buscando formar pessoas críticas e conscientes de direitos e deveres. A participação dos alunos na oficina foi excelente. Sinto-me deveras honrado em ter recebido essa missão do CNJ, que, aliás, reflete também iniciativas pessoais que sempre tomei ao longo da minha carreira desde 2003 nas comarcas de Chapada dos Guimarães, Sorriso e aqui em Rondonópolis, em sair do gabinete e ir até as escolas e entidades sociais desenvolvendo projetos de interação da justiça comum e da justiça eleitoral com os estudantes e com a sociedade em geral. Assim, o Judiciário cada vez mais se aproxima da sociedade e dele se afasta a acusação de hermetismo.”


O diretor da escola EEMOP, Rodrigo Leandro Lemes Gonçalves, relatou a importância do evento para a instituição de ensino e também pontuou a importância do tema, relatando que “a palestra foi maravilhosa. Essa oficina representa uma oportunidade única para nossos estudantes compreenderem melhor seus direitos e deveres. A aproximação do Judiciário com a juventude mostra que a Justiça não está distante, mas sim presente no cotidiano, acessível e aberta ao diálogo com a comunidade”.


A diretora pedagógica da escola, Rosângela Ferreira Rodrigues, ressaltou que esse evento é muitíssimo importante para o cotidiano das escolas, afirmando que “trazer a temática dos direitos humanos e do acesso à justiça por um juiz com grande formação acadêmica para dentro da escola enriquece o processo pedagógico. Esse contato direto com magistrados e com discussões práticas amplia a visão dos jovens, fortalece a cidadania e estimula reflexões críticas fundamentais para sua formação”.


O aluno Luiz Fernando Airoldi Marrafon, afirmou que participar da oficina nesse momento “representou a valorização do EEMOP, uma escola pública, mostrando o que a escola se preocupa em formar pessoas críticas, conscientes e preparadas para vida em sociedade. É muito importante que a gente passe a entender melhor os nossos direitos e deveres, além de aprender sobre igualdade, respeito e cidadania no dia a dia. Quando a gente fala de acesso à justiça, vemos que existem caminhos para cada pessoa poder defender o que é seu. Trazer esse tema por um juiz para dentro da escola ajuda a preparar a gente para vida lá fora, lidando com os desafios da sociedade para exercer a nossa cidadania e direitos de verdade”.

Fonte: Da Assessoria

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