POLÍTICA

Justiça Determina Bloqueio em Contas de Juscimeira por Dívidas da Gestão Anterior; Prefeito atual Alerta População

Em pronunciamento à população, prefeito Alexandre Russi explica que medida judicial visa quitar precatórios de 2024 e pode comprometer fornecedores e a folha de pagamento do município, que já se encontra em estado de calamidade financeira.

A prefeitura de Juscimeira enfrenta uma situação financeira após o Tribunal de Justiça de Mato Grosso determinar o sequestro de todos os valores das contas do município para o pagamento de precatórios (dívidas judiciais) vencidos da gestão anterior. O anúncio foi feito pelo atual prefeito, Alexandre Russi, que alertou a população sobre os riscos de a medida comprometer o pagamento de salários e fornecedores.

Em um pronunciamento, o prefeito Russi classificou a notificação como uma “triste notícia”. Ele explicou que foi informado pelo juiz gestor de precatórios, Agamenon Alcântara Moreno Junior, que a prefeitura tem o prazo de três dias úteis para quitar as dívidas, que venceram em 31 de dezembro de 2024, sob pena de ter seus recursos bloqueados. “Já não temos muito dinheiro, estamos aqui equilibrando as contas, e o sequestro trará uma maior dificuldade de honrarmos com os compromissos de salários e fornecedores”, declarou o prefeito.

A dívida é um legado da administração do ex-prefeito, cuja gestão é apontada como a causa de uma “verdadeira calamidade financeira” que levou a atual administração a decretar estado de calamidade no início de 2025. Segundo o prefeito Russi, ele estava “conseguindo colocar a casa em ordem” quando a decisão judicial surgiu, sacrificando a população atual por erros do passado. Como medida emergencial para proteger os funcionários, Russi anunciou que irá antecipar o pagamento dos salários para evitar que os valores sejam sequestrados pela Justiça.

O documento judicial confirma que a decisão foi tomada após a rejeição de uma proposta de acordo apresentada pelo município e por manifestação do Ministério Público, que requereu o sequestro dos valores para a quitação dos precatórios vencidos. O prefeito afirmou que sua equipe “tentou de tudo praticamente”, mas as propostas não foram aceitas pela vara de precatórios.

Em meio à crise, Russi também se antecipou a possíveis críticas sobre a realização da tradicional Festa da Pamonha. Ele esclareceu que o evento não utilizará recursos do caixa da prefeitura. “Foi um recurso conseguido junto com o Governo do Estado, o deputado Estadual Max Russi que conseguiu o recurso. Então não sai dinheiro do caixa da prefeitura, mas sim do Governo do Estado, onde fomenta o turismo, o comércio e a cultura do nosso município”, explicou.

Apesar da antecipação dos salários, o prefeito alertou que, após o sequestro dos fundos, a situação para pagar os fornecedores e garantir os vencimentos dos colaboradores nos próximos meses ficará “complicada”.

Fonte: Da Redação

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