Lei que garante atendimento preferencial para portadores de fibromialgia completa 1 ano em Rondonópolis
Ainda pouco conhecida popularmente, muitas pessoas convivem com uma síndrome chamada fibromialgia. Segundo definição clínica, a síndrome se manifesta causando dores em todo o corpo, além de ocasionar cansaço e outros sintomas como ansiedade, depressão e alterações de memória e intestinais.
Em 2019, por meio de um Projeto de Lei do vereador Professor Silvio Negri (PSD), os portadores de fibromialgia em Rondonópolis foram incluídos nas filas de atendimento preferencial que já eram destinadas aos idosos, gestantes e pessoas com deficiência. Amparados pela Lei nº 10.303 de junho de 2019, quando necessário os portadores dessa síndrome devem apresentar a carteirinha nos estabelecimentos.
No início deste ano, durante uma palestra sobre a campanha “Fevereiro Roxo”, o reumatologista do Centro de Especialidades, Apoio e Diagnóstico Albert Sabin (Ceadas), Maurício Raposo, falou sobre como a síndrome age no organismo. “Na fibromialgia falta produção de determinadas substâncias químicas em estruturas específicas do cérebro. Com isso, a sensação de dor é potencializada. Podemos comparar a um diabético que não tem insulina”, observou o médico.
Segundo o vereador autor da lei, os portadores da doença convivem com dores intensas que podem ser prejudiciais para a rotina de quem concilia diversas atividades no dia a dia. "A fibromialgia não tem cura e os portadores necessitam de um respaldo. A lei foi criada para dar apoio àqueles que precisam", explica Silvio Negri.
Cartão de Identificação
Desde o mês de fevereiro os portadores de fibromialgia já contam com o documento de identificação que dá direito ao atendimento preferencial. Neiva Reis tem fibromialgia e está pela segunda vez tentando conseguir auxílio saúde pelo INSS. Ela relata que as dores, causadas pela síndrome, atrapalham seus compromissos pessoais e de trabalho, mas que a nova lei municipal tem lhe garantido mais conforto e alívio ao corpo quando ela precisa buscar algum atendimento. “A lei foi muito benéfica, nos ajudou em relação a espera nas filas. Graças a Deus com a carteirinha temos a prioridade. Sou muito grata a iniciativa do Professor Silvio Negri e esperamos que ele continue buscando melhorias para nós fibromialgicos”, narra.
Sobre a Lei Municipal
De acordo com a lei municipal, devido às limitações físicas, os portadores de fibromialgia têm acesso ao atendimento prioritário em órgãos e empresas públicas, em concessionárias de serviços públicos e em estabelecimentos privados. A lei se aplica também aos comércios que recebem pagamento de contas.
Uma reivindicação dos fibromialgicos é também estacionamento prioritário nas vias da cidade. “Temos muita dificuldade para entrar e sair do veículo e a vaga preferencial nos ajudaria muito”, acrescenta Neiva.
Assessoria