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"Lula, o filho do Brasil"

BRASÍLIA – A sessão de gala do filme “Lula, o filho do Brasil”, longa-metragem que narra a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, contou com a presença da primeira-dama Marisa Letícia, ministros e atores no Teatro Nacional de Brasília na noite desta terça-feira. O evento marcou abertura do Festival de Cinema de Brasília. Segundo informou um membro do governo à reportagem do iG, Lula já teria visto o filme logo depois que ficou pronto e, assim como a pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, não compareceu.
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Um dos primeiros a chegar ao Teatro Nacional foi o ministro do Esporte, Orlando Silva. “Tinha uma expectativa muito grande de ver a história do presidente nas telas”, disse. Outro integrante do Planalto presente é o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo. “Sem correr o risco de parecer puxa-saco, a história do presidente é fantástica. O filme tem bons atores, é bem produzido, é emocionante. Acho que vocês também vão se emocionar", disse.
Questionado por repórteres sobre as críticas de que o filme tem caráter eleitoreiro, Bernardo rebate dizendo que a oposição também pode procurar uma figura. "Se procurarem bem, eles acham", disse.
A atriz Glória Pires, que encarna a mãe do presidente, revelou que inicialmente ficou “apreensiva” e “com medo do teor político” da história. “Mas quando fui conhecendo o roteiro e o projeto, percebi que este não era o intuito do filme, que é mais humano”, afirmou.
Rui Ricardo Diaz, que interpreta Lula adulto, disse que o filme vai marcar sua história profissional, não ve o papel como negativo, mas também se preocupa em ficar estigmatizado. “Acho que ao longo do tempo vou conseguir superar essa imagem [de Lula] com outros trabalhos”.
Cerca de 1300 convites foram distribuídos, o que fez com que o teatro ficasse lotado. Fábio Barreto, diretor do filme, criticou a organização do evento quando anunciou o início da sessão, declarando que temia pela segurança do público. “Não tem espaço para o elenco”. reclamou.
Após a exibição, aplausos. E pouquíssimas vaias, mas não a ponto de passarem despercebidas por integrantes do governo que suspeitam de militantes da oposição infiltrados na plateia, até por conta da desorganização que marcou a noite no Teatro Nacional.
O filme é baseado em uma biografia escrita por Denise Paraná e narra a história do presidente desde seu nascimento, em 1945 em Vargem Grande (atual Caetés), no meio do sertão do estado de Pernambuco, até a morte de sua mãe, em 1980.
Apesar da importância de Lula na vida política brasileira, o longa se centra em sua vida particular, seus dramas pessoais e seus amores, assim como nas conflituosas relações com seu pai e na enorme devoção que tinha pela mãe.
Em declarações recentes, o diretor Fábio Barreto disse que seu objetivo com o filme, cujo custo foi calculado em R$ 20 milhões, é "falar sobre a luta de um ser humano pela subsistência".
No próximo dia 19, o presidente deve ir a Recife para assistir ao filme ao lado de convidados no Teatro dos Guararapes.

Fonte: Ultimo Segundo Com informações da Agência Estado e Efe

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