Covid-19 mata duas crianças por dia no Brasil, fundador da Anvisa faz apelo por vacinação

O infectologista Gonzalo Vecina, fundador da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), destacou a alta mortalidade de crianças por covid-19 no país. Em entrevista à Rede Brasil Atual o médico ressaltou que duas crianças menores de cinco anos morrem por dia vítimas de complicações da infecção pulmonar.
Dados oficiais do Ministério da Saúde confirmam que 1.439 crianças de até 5 anos morreram por causa da covid-19 no país desde o início da pandemia. Só entre janeiro e 13 de junho de 2022 foram registradas 291 mortes por Covid-19 nesta faixa etária. O nordeste concentra metade dessas mortes e, em termos gerais, o Brasil responde por uma em cada cinco mortes de crianças por Covid-19 no planeta.
Diante deste cenário, Gonzalo Vecina destaca a necessidade de o governo agir para apressar a vacinação das crianças.
“É importante que a Anvisa acelere a aplicação da vacina. Ela, sem dúvida – temos este dado –, protege contra a doença viral”, disse, sobre a segurança do imunizante, que é aplicado amplamente em todo o mundo em crianças. “É preocupante a morte de crianças. É essencial acelerar a vacinação”, reforçou.
NOVA ONDA
Boletim Infogripe divulgado ontem (4), pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revelou que o país passa por uma retomada no crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) no Brasil. Entre os casos registrados, 77,6% são de covid-19, de acordo com a entidade.
A análise foi feita entre 19 e 25 de junho. a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de 2,4% para influenza A, 0,1% para influenza B, 7,6% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 77,6% para Sars-CoV-2 (covid-19). Entre as mortes registradas no período, a presença destes mesmos vírus entre os positivos foi de 1% para influenza A, 0,1% para influenza B, 1,4% para vírus sincicial respiratório (VSR) e 94,5% para Sars-CoV-2 (Covid-19).
São 16 das 27 unidades federativas que apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Ceará, Distrito Federal, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.
Desde o início da pandemia, em março de 2020, o país soma 672.033 mortes pela doença, além de 32.535.923 casos, de acordo com Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass).
Da Redação (com RBA)