Manifestantes protestam em Israel por cessar-fogo e libertação de reféns

A polícia israelense realizou mais de duas dezenas de prisões em Israel neste domingo, 17, por “perturbação da ordem” à medida que as famílias dos reféns mantidos na Faixa de Gaza intensificam sua campanha com um protesto em todo o país.
A polícia disse que a maioria das manifestações não causou problemas, mas reconheceu várias exceções e disse que “agirá firmemente contra qualquer um que viole a lei ou coloque em perigo a ordem pública”.
As prisões ocorrem enquanto algumas empresas, teatros e restaurantes interromperam suas atividades em solidariedade e os líderes de Israel intensificam a ofensiva em Gaza.
Os manifestantes exigem que o governo israelense feche um acordo para garantir a libertação de reféns mantidos por militantes em Gaza. Eles intensificaram a campanha neste domingo, promovendo uma greve que complicou o trânsito e fechou estabelecimentos comerciais.
Os protestos, organizados pelo Fórum das Famílias de Reféns e Desaparecidos, marcam uma nova investida, semanas após os grupos militantes divulgarem vídeos dos reféns e Israel sinalizar planos para uma nova ofensiva em Gaza.
Os manifestantes temem que mais combates possam colocar em perigo os 50 reféns que acredita-se ainda estarem em Gaza, dos quais apenas cerca de 20 são considerados vivos. Eles entoaram: “Não vencemos uma guerra sobre os corpos dos reféns” e exigiram um acordo.
Aliados de Netanyahu se opõem a qualquer acordo que deixe o Hamas no poder
A guerra aérea e terrestre de Israel já matou dezenas de milhares de pessoas em Gaza e deslocou a maior parte da população. A ONU alerta que os níveis de fome e desnutrição em Gaza estão no seu ponto mais alto desde o início da guerra.
O ataque liderado pelo Hamas em 2023 matou cerca de 1.200 pessoas em Israel. A ofensiva retaliatória de Israel matou 61.897 pessoas em Gaza, de acordo com o Ministério da Saúde do local, que não especifica quantos eram combatentes ou civis, mas diz que cerca de metade eram mulheres e crianças.
O ministério faz parte do governo dirigido pelo Hamas e é composto por profissionais médicos. A ONU e especialistas independentes o consideram a fonte mais confiável sobre vítimas. Israel contesta os números, mas não forneceu dados próprios.
Fonte: Infomoney