Acordo para votação entre governistas e oposição

Os projetos que estendem reajuste do salário-mínimo aos aposentados e o que acaba com o fator previdenciário, usado como redutor no cálculo do benefício, devem ser votados na próxima quarta-feira na Câmara. Esse foi o acordo feito entre deputados governistas e da oposição. Em troca, também será analisada a proposta referente ao pré-sal.
O acerto aconteceu na tarde de ontem, após deputados do PPS e do DEM terem obstruído as votações dos projetos de interesse do Governo, entre eles o do pré-sal.
“Tudo caminha para um consenso entre as partes”, afirmou o deputado federal Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP). Paralelamente a essa proposta, as centrais exigem uma recomposição de 8% aos aposentados.
Por meio de sua assessoria, o líder da bancada do PPS, deputado federal Fernando Coruja (SC), informou que fará obstrução na Câmara até as propostas do aumento dos benefícios e da extinção do fator previdenciário entrarem na ordem do dia. Caso isso não ocorra, o parlamentar voltará a adotar esse mesmo procedimento no plenário.
A ofensiva do PPS e do DEM foi adotada após manifestantes liderados pela Confederação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas (Cobap) terem pressionado os parlamentares a obstruir a votação dos projetosdo pré-sal caso as propostas que beneficiam a categoria não sejam colocadas na pauta. As duas medidas são de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS).
Fonte:Diário de S. Paulo
Programa “minha casa minha vida”
Cerca de 400 mil moradias estão em análise para financiamento na Caixa Econômica Federal pelo programa habitacional “Minha Casa, Minha Vida”, que facilita a compra da casa. Deste total, 150 mil já tiveram o crédito e as obras aprovados. Em média, as construtoras levam de quatro a cinco meses para liberar um projeto.
O presidente do Secovi, João Crestana, destacou que esse prazo ocorre por dois motivos. Um deles é a falta de alguns documentos entregues pelas empresas nas prefeituras. O outro problema fica por conta do crescimento do volume de trabalho registrado na Caixa.
“Isso aconteceu, mas o contingente de pessoas não aumentou. É muito trabalho para o mesmo número de funcionários e o fato significa dificuldade na aprovação dos projetos”, avaliou. Porém, ele acredita que a situação precisa ser contornada por todos os envolvidos no programa, iniciado em abril.
Crestana adiantou também que o programa deve fechar o ano com 300 mil moradias aprovadas. De acordo com ele, existe a expectativa da Caixa de liberar outras 150 mil unidades neste mês.
O superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Valter Nunes, disse que a instituição conseguiu reduzir o tempo de espera na aprovação dos projetos. “Estamos muito próximos da nossa meta, que é liberar em até 45 dias a construção das moradias”, afirma