POLÍTICA

Maria Lúcia fala da aliança com Neri e prevê crescimento de aliados de Lula em MT

O crescimento da candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o fim da polêmica envolvendo o registro da candidatura de Neri Geller (PP) ao Senado devem alterar a correlação de forças e melhorar a situação da coligação ‘Para Cuidar das Pessoas’, que reúne os apoiadores do petista em Mato Grosso. A avaliação é da ex-reitora da UFMT Maria Lúcia Cavalli Neder (PC do B), candidata a primeira suplente de senadora na chapa de Neri.

Maria Lúcia visitou ontem a sede do Regional MT e foi recebida pelo diretor do grupo EOS, o empresário Evandro Oliveira Santos. Ela estava acompanhada do presidente do PC do B em Mato Grosso, Sérgio Negri, e do jornalista Cleomar Pilar, candidato a deputado estadual.

Conforme as últimas pesquisas de opinião pública, tanto Neri como a candidata à governadora pela coligação, Márcia Pinheiro (PV), estão atrás dos candidatos majoritários da coligação liderada pelo atual governador, Mauro Mendes (UB).

“Temos a compreensão que, na medida em que a população perceber que Lula precisará de ajuda no Senado, na Câmara Federal e nos governos estaduais, a situação nas pesquisas tende a mudar. Além disso o Neri teve problemas jurídicos, ficou praticamente 20 dias cuidando desta questão e isso nos prejudicou um pouco. Mas isso já foi resolvido e esperamos ampliar bastante o volume da campanha daqui para frente”, disse Maria Lúcia.

PROJETO NACIONAL
A ex-reitora da UFMT já disputou outras eleições e neste ano chegou a ter seu nome cogitado como candidata ao Senado. Segundo ela a decisão de optar pela suplência de Neri foi tomada para possibilitar uma ampliação da aliança pró-Lula em Mato Grosso, agregando setores do Agronegócio e lideranças tradicionalmente ligadas à direita.

“Nosso partido faz política de forma permanente, todas as decisões são políticas e não há espaço para vaidades pessoais. Chegamos a conclusão de que o momento é de união das forças democráticas para garantir um futuro melhor para Mato Grosso e o Brasil”, afirmou

“Nesta eleição temos dois projetos em disputa. Um, representado pelo atual presidente, é o projeto da manutenção da barbárie, que defende a morte, o corte de recursos da Educação, a retirada de direitos dos trabalhadores, a homofobia, a misoginia o racismo e a destruição ambiental. O outro, liderado pelo presidente Lula, luta pela vida, pelo meio ambiente, pela liberdade de crenças e a democracia. Minha decisão foi para fortalecer esse projeto maior em defesa da democracia, dos trabalhadores e da liberdade”.

A candidata destacou que a abertura ao diálogo possibilitou a adesão de lideranças importantes como os prefeitos de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (PSB), e de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), o ex-prefeito Percival Muniz (MDB) e também o senador Carlos Fávaro (PSD) entre outros.

O presidente do PC do B, Sérgio Negri, também falou sobre o assunto. Ele comparou o momento nacional ao vivido pelo planeta durante a Segunda Guerra Mundial, quando houve uma aliança entre capitalistas e comunistas contra o nazismo e o fascismo.

“Se há um grande inimigo que coloca a vida de todos em risco é preciso colocar as diferenças de lado e unir forças pelo bem maior. O que nos une hoje é a luta pela soberania, pela democracia e pelo bem de todos os brasileiros”, destacou Negri.

Ao longo do dia, Maria Lúcia também participou de várias reuniões e acompanhou a candidata ao governo, Márcia Pinheiro (PV) em várias atividades em Rondonópolis. No período da noite ela esteve também no ato público realizado na Vila Olinda.

 

Eduardo Ramos – Da Redação

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