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Mato Grosso decreta emergência zoossanitária por gripe aviária

Mato Grosso entrou oficialmente em estado de emergência zoossanitária após a confirmação de um foco da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Campinápolis, O decreto foi assinado nesta terça-feira (10) pelo vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos) e terá validade de 90 dias, com possibilidade de prorrogação. Essa medida visa conter o avanço da doença, proteger a cadeia produtiva avícola e evitar prejuízos econômicos maiores, especialmente no cenário das exportações brasileiras, a gripe aviária, uma ameaça global à produção de aves, levanta alertas sanitários e econômicos no país.

A decisão do governo estadual foi tomada após a confirmação de um foco da IAAP em uma criação doméstica de subsistência em Campinápolis. O vírus, altamente contagioso entre aves, acendeu o alerta máximo nos órgãos de fiscalização. O Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) rapidamente mobilizou equipes para conter o surto.

O protocolo incluiu a inspeção de um raio de 10 quilômetros ao redor da propriedade afetada, com implementação de barreiras sanitárias e abate sanitário das aves do local. Essa resposta rápida segue os padrões de biossegurança internacionais, reduzindo o risco de propagação do vírus para criações comerciais.

Este é o quarto registro de gripe aviária no Brasil em 2025. O caso mais grave até então foi o de Montenegro, no Rio Grande do Sul, onde o surto atingiu um matrizeiro de aves comerciais. Desde então, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) estabeleceu um período de 28 dias de vazio sanitário, iniciado em 15 de maio, e que segue sem alterações.

No mercado interno, os impactos já são sentidos. Segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a categoria de aves e ovos registrou leve queda de 0,1% em maio. Isso se deve, em parte, à suspensão de exportações, que redirecionou a oferta para o consumo nacional.

A maior preocupação no setor avícola é a manutenção da credibilidade sanitária do Brasil no mercado internacional. Com 21 países e blocos comerciais suspendendo totalmente as importações de carne de frango brasileira — e outros 19 restringindo apenas o Rio Grande do Sul —, os produtores enfrentam queda na receita e incertezas sobre os contratos futuros.

Fonte: Da Redação

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