Mato Grosso não terá novas vagas de deputados federais e estaduais em 2026

A confirmação de que Mato Grosso não terá novas vagas de deputados federais e estaduais nas eleições de 2026 trouxe frustração e críticas no cenário político local. A decisão do STF mantém o Estado com apenas 8 cadeiras na Câmara Federal e 24 na Assembleia Legislativa, apesar do crescimento populacional registrado pelo censo do IBGE.
O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi (PSB), destacou que a redistribuição só deve ocorrer em 2030, o que afeta diretamente as estratégias eleitorais do próximo pleito. Para ele, o Estado perde representatividade em Brasília, deixando de conquistar mais espaço em votações importantes e na busca por recursos.
O debate sobre o aumento das vagas na Câmara Federal não é recente. O censo populacional do IBGE apontou crescimento expressivo da população em Estados como Mato Grosso, justificando um reajuste na representatividade. Pela regra, o Estado teria direito a pelo menos mais uma cadeira de deputado federal, o que levaria automaticamente ao aumento de 3 vagas na Assembleia Legislativa.
Um dos reflexos imediatos está na Assembleia Legislativa de Mato Grosso. Max Russi havia determinado a criação de novos gabinetes para comportar os parlamentares adicionais, além de um novo auditório. Com a decisão do STF, apenas o auditório será construído, adiando a ampliação de gabinetes.
A expectativa é que, em 2030, a redistribuição das vagas finalmente seja aplicada, levando em conta o crescimento populacional dos últimos censos. Isso deve beneficiar especialmente Estados em expansão, como Mato Grosso, que podem conquistar até 3 novas cadeiras federais e ampliar em pelo menos 9 estaduais.
No entanto, especialistas alertam que novas disputas judiciais e políticas podem atrasar novamente o processo. A tendência é que até lá o tema volte ao debate no Congresso, especialmente em anos de reforma política.
Enquanto isso, Mato Grosso precisará lidar com o desafio de fazer mais com menos, aproveitando ao máximo os 8 representantes que mantém em Brasília.
A decisão do STF de adiar a redistribuição das vagas parlamentares para 2030 mantém Mato Grosso em desvantagem política. Apesar do crescimento populacional e da expectativa de conquistar novas cadeiras, o Estado seguirá com 8 deputados federais e 24 estaduais nas eleições de 2026.
Fonte: Da Redação