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sexta-feira, maio 17, 2024

Medeiros destaca fim da greve dos servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica

Senador do PPS acusa governo de negociar mal e de deixar “prejuízos incontáveis” para a educação brasileira

O senador José Medeiros, líder do PPS, em pronunciamento ocorrido nesta terça-feira (13.10), destacou o fim da greve dos servidores federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica, que durou cerca de três meses. “A greve acabou, mas, por falta de negociação, deixou prejuízos incontáveis”, lamentou.

José Medeiros acusou o governo federal de se recusar a negociar com a categoria. “Os servidores dessa importante categoria pararam suas atividades pelo simples fato de que o governo vinha se recusando a negociar com eles. A consequência disso é que quase 250 campi de institutos federais de educação, ciência e tecnologia em 25 estados estiveram de portas fechadas”.

O líder fez uma apelo para que o governo federal fique atento às condições de trabalho dos servidores da educação no país. “Valorizar os profissionais que atuam nessa área é, em última instância, dar um impulso importante para que o país saia da situação crítica em que se encontra”, declarou. Ele apresentou, na tribuna, os números da greve em Mato Grosso. “No meu estado, 13 dos atuais 15 campi ficaram com suas atividades suspensas. Mais de 1.200 profissionais recusaram-se a manter as aulas. Felizmente, essa greve acabou, mas os prejuízos são enormes”, destacou.

Citando dados do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), em documento assinado em 7 de julho de 2015, José Medeiros disse que a categoria havia pedido reajuste de 27,3%, tendo em vista as perdas salariais dos últimos anos.

O Sinasefe fez uma série de solicitações: isonomia de benefícios, como auxílio-alimentação e auxílio-saúde, oferecidos aos servidores de outros poderes; expansão planejada da rede de ensino, com a contratação de número adequado de funcionários e professores a cada novo campus; flexibilização dos horários de trabalho, tendo em vista as especificidades da docência; igualdade de tratamento entre os professores dos institutos federais e das universidades, entre outras medidas. “Todas essas justas demandas apresentadas ao Executivo refletem a situação de desamparo em que se encontra o ensino profissionalizante hoje no Brasil”, enfatizou.

Mobilização – Segundo Medeiros, o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) afirmou que reduziu sua reivindicação de reajuste salarial de 27,3% para 19,7%, além de uma reestruturação do plano de carreira docente. O governo ofereceu reajuste de 5,5% para agosto de 2016 e 5% em janeiro de 2017. Apesar da decisão da categoria de encerrar a greve os docentes e técnicos não aceitaram essa proposta, e vão substituir os comandos locais de greve por comandos de mobilização, para seguir reivindicando um aumento salarial mais alto.

O senador questionou o tratamento dado pelo governo à educação. “Para onde vai um país que não prioriza efetivamente a educação de seus jovens? Todos sabem que um dos maiores gargalos do nosso crescimento é a pouca qualificação de nossa mão de obra. Ensino de qualidade não é somente um direito de cidadania, é igualmente um dever de qualquer estado que vislumbre um futuro próspero economicamente”, enfatizou.

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