Queda no PIB coloca Brasil nas últimas posições entre 38 países

A economia brasileira encolheu pelo segundo trimestre consecutivo entre julho e setembro. Conforme os dados divulgados nesta quinta (2/12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) do país recuou 0,1% sobre o trimestre anterior, já descontados os efeitos da sazonalidade.
O resultado coloca o país em recessão técnica, observada quando o PIB acumula dois trimestres seguidos de queda, e posiciona o Brasil no fim da lista de países acompanhados pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Entre os 38 países que já divulgaram os números do terceiro trimestre, o PIB brasileiro só é maior do que o do México (-0,4%), da Indonésia (-0,6%), do Japão (-0,8%) e da Austrália (-1,9%).
Dois países da América Latina estão no topo da lista, ocupando o segundo e terceiro lugares: Colômbia, com alta de 5,7% do PIB no terceiro trimestre, em relação ao segundo, e Chile, com crescimento de 4,9%, na mesma comparação.
A alta mais forte do PIB colombiano já era esperada, uma recuperação da queda de 2,5% observada no segundo trimestre – esta atribuída, por sua vez, às restrições tomadas naquele período como medidas de controle da pandemia e à onda de protestos que se estendeu por mais de um mês, entre abril e junho.
O crescimento veio, contudo, mais forte do que o apontado pelos modelos estatísticos, e colocou a economia colombiana acima do nível pré-pandemia.
Em relatório enviado a clientes, o economista para mercados emergentes da Capital Economics, Nikhil Sanghani, avalia que o país tem conseguido se recuperar da crise em ritmo mais forte do que os demais da região, e estima crescimento de 9,5% para o PIB de 2021, mais que o dobro da projeção para o Brasil, de 4,5%.
Fonte: BBC



