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População reclama de valores abusivos em corridas com mototaxistas

Em um trânsito extremamente disputado, especialmente para quem quer acessar a região central de Rondonópolis, uma boa saída para ganhar tempo e não gastar tanto assim é solicitar um mototáxis. Segundo algumas pessoas ouvidas pela reportagem especial desta semana, no entanto, esta opção deixou de ser tão barata assim há algum tempo. Especialmente os moradores das regiões mais afastadas do quadrilátero central, se queixam da falta de um valor tabelado entre os profissionais do transporte por duas rodas, o que promove o que chamam de cobrança pela ‘cara do cliente’.
O idoso Osvaldo Fernandes se lembra da época que com R$2,00 e R$ 3,00 conseguia transitar de mototáxis para as localidades vizinhas a sua casa. Hoje garante que o preço subiu mais de 100%. “Eu acho que tem que ter algo que regule isso aí. Não tem um cronômetro, não tem nada. Do Jardim Participação, onde moro, até a Vila Operária, em uma viagem pequena, me cobram R$ 7,00. É muita coisa”, avalia, ressaltando que atualmente abandonou as motos para optar somente pelo transporte coletivo.
Já a jovem Lucélia Pereira, moradora do Altamirando, na região da Paulista, contou que viu o preço de uma viagem do centro até sua casa baixar R$ 5,00 em apenas alguns minutos. “Parou um mototáxis e eu perguntei quanto ficaria para me levar até a minha casa. Ele disse que só faria a corrida por R$ 15,00, mas eu só tinha R$ 10,00 e avisei isso a ele. Depois que ele falou que era pouco, logo veio um colega dele e disse que me levava por R$ 10,00”, lembrou.
Com o dinheiro que estava gastando com o transporte para voltar para casa, Lucélia disse que escolheu comprar a sua própria moto e notou que R$ 15,00 para ir até sua casa é muito dinheiro. “Agora que eu mesmo controlo meu consumo vi que não gasta tanto assim. Estou economizando dinheiro”, garantiu.
A diarista Ana Maria Lemos, moradora do Jardim Atlântico, disse que se escolher ir e voltar do serviço com o atual valor que cobram de sua região para o centro vai deixar quase tudo que ganha no transporte. “Querem R$ 15,00 e no fim de semana já chegaram a me pedir até mais que isso, é um absurdo. Por este preço eu vou de táxis, com muito mais conforto e segurança. Mototáxis não tem que querer concorrer com táxis. A gente escolhe a moto principalmente para economizar, pelo menos era para ser assim”, reclamou.
Presidente do Sindicato dos Mototaxistas em Rondonópolis, João Garcia de Souza, o popular João Mototaxis, concorda que falta um mecanismo que controle os valores cobrados por cada corrida. “Mais da metade dos mototaxistas fazem sim cobranças abusivas. A pessoa tem que combina o preço antes de subir no veículo, porque se fazer a viagem para perguntar quanto é depois pode ter problema”, alerta.
Apesar de ver urgência na solução, João Mototáxis afirma que será necessário um estudo detalhado para que não seja tomada uma decisão que não mude nada. “Para corrigir esta situação não é tão fácil. Tem que pensar muito bem, porque tem modelos de motos que tem como medir a quilometragem, tem outros que não, então vai continuar a mesma coisa se criar uma tabela. O certo mesmo era instalar um taxímetro, igual os que tem nos táxis, em todas as motos”, opinou.

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