Morte de cães e gatos pode ter relação com vacina usada em campanha

A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde informou) que pode haver relação entre a morte de cães e gatos com a vacina usada nas campanhas de imunização dos animais contra raiva. Foram identificadas 79 mortes de animais vacinados em São Paulo, no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte – sendo 41 de cães e 25 de gatos. No estado de São Paulo, a vacinação está suspensa desde agosto.
De acordo com a secretaria, os casos podem estar relacionados à vacinação – já que os sintomas apareceram 72 horas após a aplicação da vacina – ou com reações individuais de cada animal. Por isso, permanecem sob investigação para identificação da causa específica. “Apesar de estarem temporalmente associados à vacinação, esses eventos permanecem sob investigação”, diz a nota do ministério.
Mesmo sem resultados conclusivos, o ministério mantém a recomendação de continuidade da vacinação de cães e gatos contra raiva, porque o número de mortes está abaixo do esperado. “Com base nas informações disponíveis até o momento, não há evidências suficientes para recomendar a interrupção da campanha antirrábica”, afirma a nota.
Segundo o ministério, a partir de 2010, passou a ser usada a vacina de cultivo celular, que garante imunidade de um ano, é mais segura e atende às orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Conforme o ministério, a empresa Biovet, fabricante da vacina mais usada nas campanhas públicas, tem registro e licença no Ministério da Agricultura há oito anos e comercializa o produto em clínicas veterinárias particulares de todo o país.
A raiva é uma doença viral transmitida ao homem por mordida, lambida ou arranhão de um animal infectado, principalmente cães, gatos, saguis e morcegos. A taxa de letalidade entre humanos é próxima de 100%.



