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Consumidor pode pagar mais caro pela carne bovina com fechamento de frigoríficos

O consumidor pode pagar mais caro pelo quilo do picadinho, principalmente, com o fechamento de frigoríficos de carne bovina em Mato Grosso. Alguns cortes do chamado "picadinho" ou carne de segunda estão em julho até 30,30% mais caros que em 2014, a exemplo da paleta. Enquanto, a carne bovina tem apresentado constantes disparadas, a carne de frango nos últimos 12 meses registrou alta de 3,3%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em julho o preço médio da carne bovina em Mato Grosso está R$ 20,54, 17,26% a mais que os R$ 17,52 constatados no mês em 2014. A informação é do Boletim Semanal da Bovinocultura, do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
A carne de segunda, mais conhecida como picadinho pelos consumidores, de acordo com o Imea, apresentou mais altas que as carnes de primeira, como o filé mignon, nos últimos 12 meses. A paleta, por exemplo, saltou de R$ 12,26 em média o quilo em Cuiabá para R$ 15,98 em média em um ano, ou seja, 30,30%. O acém subiu 24,74%, de uma média de R$ 10,97 para R$ 13,69. O coxão duro registrou alta de 21,66% de R$ 15,84 em média para R$ 19,27. O patinho 20,96% de aumento, saltando de uma média de R$ 16,88 em julho de 2014 para R$ 20,42.
O filé mignon na variação entre julho de 2014 e 2015 subiu 19,59%, de R$ 29,91 para R$ 35,77 e a picanha 8,31% de R$ 33,41 para R$ 36,18.

“A tendência é do preço da carne bovina subir mais diante o fechamento de frigoríficos. Mato Grosso tem poucas plantas para gerar competitividade, pois a maioria está nas mãos das mesmas empresas”, comenta o economista Vitor Galesso.
O economista comenta ainda que a carne bovina tende a subir mais que a de frango ou até mesmo que a carne suína por vários fatores. Um deles é o custo de produção. “Também exportamos mais carne bovina que de frango. Com o dólar em alta acaba-se priorizando o mercado externo. Além disso, o brasileiro tem preferência maior pela carne bovina. Tais fatores levam o preço a subir”.

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