PT e PMDB fecham pré-acordo que garante peemedebista para vice de Dilma

Em reunião realizada na noite desta terça-feira (20), em Brasília, PT e PMDB fecharam um pré-acordo para as eleições presidenciais do ano que vem. O acordo prevê que o candidato a vice da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), virtual candidata à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto, será do PMDB.
Lula e Dilma estiveram presentes à reunião, assim como ministros das duas legendas, os presidentes da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), e do Senado, José Sarney (PMDB-AP), e a cúpula dos partidos.
"A vice-presidência será do PMDB. O nome será fruto das circunstâncias políticas a serem estabelecidas no ano que vem. Será um nome que some para o candidato (do PT)", disse Temer, ao sair da reunião, que durou pouco menos de duas horas.
Questionado sobre o fato de ser apontado pelos próprios integrantes do seu partido como o nome a ser indicado para vice, Temer brincou: "Os outros falam, mas eu não falo".
Nesta quarta deverá ser divulgado um documento com as bases do pré-acordo. Segundo o presidente do PT, Ricardo Berzoini, a base do acordo representa "o acúmulo políticos desses três anos do segundo mandato do governo Lula (…), três anos de uma coalisão mais consistente".
"É apenas um compromisso desse período de articulação política. Vamos discutir a forma de consolidar alianças mais amplas, composições nos Estados e movimentos políticos que temos que fazer daqui até 2010", disse o presidente do PT.
O pré-acordo ainda terá de ser homologado pelas convenções dos partidos no ano que vem. "Vamos consultar os nossos companheiros nos vários Estados, tentando naturalmente, reproduzir este pré-acordo que produzimos aqui", disse Temer.
O peemedebista negou que os Estados possam apresentar empecilhos ao que foi pré-acordado nesta terça. "Eu não acredito, nós não acreditamos no PMDB. Agora, evidentemente, temos que prestar atenção às questões regionais. E o presidente Berzoini fará o mesmo no PT".
Candidatura única
A proposta de atrair todos os partidos da base do governo Lula para a aliança está presente no pré-acordo. Michel Temer disse ser favorável a uma candidatura única, acompanhando a ideia que tem sido defendida pelo presidente Lula.
"Eu acho que seria útil para o Brasil que se fizesse um bloco com uma candidatura e outro bloco com outra candidatura. Seria extremamente útil para os costumes políticos do país".
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