POLÍTICA

Após incêndio em Santos, nova estrutura de armazenamento de combustíveis em Rondonópolis preocupa Corpo de Bombeiros

O incêndio de grandes proporções em uma empresa de armazenamento de combustíveis em Santos, litoral de São Paulo, onde existe um dos mais importantes portos da América Latina, e que demorou quase dez dias para ser controlado, refletiu em Rondonópolis. O comando do 3º Batalhão de Bombeiros Militares, sediado na maior cidade da região sul de Mato Grosso, já planejava e agora intensificou os estudos para instalação de uma guarda fixa no Complexo Ferroviário Intermodal da ALL, próximo ao Aeroporto, nas margens da BR 163, onde devem ser instaladas nos próximos meses terminais de distribuição de combustíveis da Petrobrás e Ipiranga, que se juntarão ao já ativo da Raízen (Shell), e serão capazes de movimentar 6 bilhões de litros de combustíveis anualmente.
Se a nova realidade deve impulsionar o setor de combustíveis no Mato Grosso e tornar Rondonópolis ainda mais pólo e importante do que já é, o sinal de alerta se acendeu na corporação local, responsável pelo trabalho de inspeção e liberação da licença para as empresas atuarem, sobretudo no sentido de cobrar tanto SheLL, BR e Ipiranga, a montagem de estruturas físicas e treinamentos a servidores capazes não só de prevenir possíveis acidentes, como até mesmo imaginar um combate a um incêndio de grandes proporções. “Com certeza é uma preocupação. O comando está estudando a possibilidade da instalação de um quartel dentro do complexo da ALL ou, se não for possível, ampliar a estrutura nossa já existente no aeroporto, que fica próximo. Isto para sermos capazes de responder o mais rápido possível a qualquer situação. Estamos falando de substâncias altamente inflamáveis que obviamente dão preocupação”, externou o tenente Lucas Souza Chermont, que falou com exclusividade à reportagem do Folha Regional.
Chermont, no entanto, disse que considera rara a ocorrência de um acidente como houve no litoral paulista, em virtude das empresas que lidam com este tipo de material serem extremamente estruturadas em reservatórios isolados e com total segurança, do ponto de vista estrutural. “Das três empresas que teremos em Rondonópolis, uma já obteve o laudo do Corpo de Bombeiros e já está inclusive atuando que é a Shell. Nós já temos o projeto da Ipiranga em análise e em breve deve chegar o da BR. Esta primeira empresa, que inclusive já liberamos atividade, obtém um estrutura de resfriamento e espuma de 22 mil litros em sua própria guarda. As outras duas não devem ser diferentes, sem contar que elas trabalham em uma interligação cooperativa de segurança. Ocorrendo um acidente com alguma delas, automaticamente as outras vão por sua estrutura de combate a disposição”, assegurou.
Sobre a estrutura atual do próprio Corpo de Bombeiros local para combater um incêndio da proporção do registrado no litoral paulista, que provocou congestionamento de caminhões e carros, emitiu fumaça capaz de danificar e matar a fauna e flora a quilômetros de distância e impediu a chegada de navios no porto, o tenente Chermont foi realista ao afirmar que seria complexa a condução de um caso como este. “O incêndio em inflamáveis não adianta jogar água. O agente neste caso é a espuma, feita por meio de um líquido gerador que temos disponível em nossa estrutura no caminhão da base e também no carro do aeroporto. Trata-se e uma situação extremamente difícil, mas que o Corpo de Bombeiros, dentro do seu papel, esta preparado para atuar, assim como fez a corporação paulista”, frisou.
Por Hevandro Soares

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